O presidente do Olhanense disse hoje que decidiu demitir o técnico Manuel Cajuda porque era «urgente» tomar uma decisão para salvar o clube da eventual descida para a II Liga de futebol.
«A três jornadas do fim, era urgente tomar uma decisão. Mal ou bem, o tempo o dirá. Mas sempre no sentido de salvar o clube da descida de divisão, porque isso é importantíssimo para a instituição. Este clube não pode descer», afirmou Isidoro Sousa.
O dirigente do clube algarvio admitiu que está «a correr um risco enorme», apenas com três jornadas por disputar: os algarvios recebem o Rio Ave (28.ª jornada) e o Marítimo (30.ª) e deslocam-se ao terreno do Sporting (29.ª).
«A direção achou que tinha de fazer algo. Infelizmente, estas situações partem normalmente pelo treinador. O Manuel Cajuda fez um bom trabalho, face a todas as condicionantes, a equipa jogava bom futebol mas os resultados não apareceram», frisou o presidente do Olhanense.
Isidoro Sousa confessou que ainda não abordou nenhum técnico para substituir Cajuda, mas adiantou que a decisão será tomada «nas próximas horas» e, na quinta-feira, o novo técnico já deverá orientar o treino marcado para as 10:00.
O treinador demitido, Manuel Cajuda, disse que aceitou a decisão da direção do clube de Olhão, mas confessou que, se dependesse dele, ficaria até ao fim.
«Ninguém veja isto como cobardia da minha parte, eu ia até ao fim, eu não desistia, queria continuar até ao fim. Mas eu quero que o clube da minha terra se salve. Eu dou tudo para salvar o clube», explicou.
Para o técnico, natural de Olhão, o mais importante é o emblema: «Se é uma última tentativa de salvar o clube, como me disse o presidente, eu, como bom Olhanense, acedi. Se tiver de haver algum sacrificado, que seja o treinador.»
Manuel Cajuda substituiu Sérgio Conceição em janeiro e orientou a equipa em 14 jogos da Liga, vencendo apenas um deles, diante do Beira-Mar, deixando o Olhanense no 14.º lugar da tabela, com 21 pontos.