Rodiney Sampaio não acredita que seja possível retomar as provas profissionais de futebol em Portugal em maio, como é desejo da Liga de Clubes. O presidente da SAD do Portimonense, disse, em entrevista ao jornal 'O Jogo' que qualquer decisão terá de ser bem ponderada.

"O campeonato só se reinicia se todos dispuserem de condições aceitáveis, nos campos, balneários, transporte, hospedagem e demais valências. Começar e ter de parar é que não, em especial se o vírus continuar ativo", frisou.

"A Liga propôs umas datas para a época acabar em julho, mas só jogaremos com garantias. Só com o aval do Governo e das autoridades de saúde é que o Portimonense vai a jogo. Treinar, fazer viagens, depois jogar... queremos acabar o campeonato e acho que temos condições para continuar na luta, mas a nossa preocupação é o coronavírus, a saúde dos jogadores e das suas famílias,..." completou Rodiney Sampaio ao jornal 'O Jogo'.

A pandemia de COVID-19 que assola o Mundo e principalmente a Europa veio mudar o mundo do desporto como a conhecemos, principalmente o futebol. Com tudo parado, neste momento parte das discussões estão centradas na forma de retomar as provas. O líder dos algarvios garante que nenhum clube está preparado "a 50% que seja, para um reinício" pelo que nos próximos cinco meses não devemos ter público nas bancadas, mesmo que o futebol regresse nesse período.

Na mesma entrevista, o presidente da SAD do Portimonense, atual 17.º e penúltimo da I Liga (em zona de descida) garante que há clubes em dificuldades financeiras devido a paragem dos campeonatos.

"Acredito que todos queiram jogar, mas que incentivos? Apoio governamental, acordos tributários, seguros, operadoras de TV, que são o oxigénio do nosso futebol? Sei, e é do domínio público, que alguns clubes não estão a conseguir pagar as suas obrigações e outros até admitem recorrer ao "lay-off". Existe união, mas nem todos os clubes estão na mesma posição e, no futuro, creio que serão inevitáveis alguns incentivos", finalizou.