O presidente do Sporting CP, Frederico Varandas, reagiu publicamente pela primeira vez aos incidentes ocorridos no passado sábado, e que levaram ao adiamento do jogo dos leões diante do Famalicão. O líder dos leões afirmou que o Sporting teve a infelicidade de ser o primeiro dos candidatos ao título a entrar em campo.

"É conhecido que as forças de segurança se encontram em protesto, nomeadamente a PSP. O Sporting teve a infelicidade de ser o primeiro grande a entrar em campo nessa jornada. A PSP teve aquela atitude de protesto, agiu através de um fator surpresa, ninguém sabia e acabou por não haver condições para se realizar o jogo. A partir daí, e olhando para os jogos de FC Porto e Benfica, houve tempo para as entidades se precaverem, para que não se repetisse o que aconteceu connosco", começou por dizer Varandas ao canal oficial do clube.

Apesar disso, o presidente do clube de Alvalade pôs de parte qualquer tipo de ato propositado e direcionado à sua equipa, sublinhando que tal tem efeitos negativos na equipa. Frederico Varandas enfatizou ainda que espera voltar a Famalicão para realizar o jogo já no primeiro lugar.

"Não entramos em cabalas da PSP, nem em teorias da conspiração mirabolantes contra o Sporting: primeiro, porque isso não é verdade e segundo porque isso nos desresponsabiliza, tira lucidez e tira foco à nossa missão, que é vencer. Queríamos que tivesse acontecido? Não. Mas aconteceu. Aconteceu e até já definidos um objetivo: chegar à data desse jogo, com menos um jogo e em primeiro. Quando houver oportunidade de calendário, seja março, abril ou maio, estaremos preparados para jogar e para ir buscar os três pontos", afirmou o presidente dos leões.

Varandas revelou que todos os intervenientes queriam que o jogo se tivesse realizado, deixando ainda uma palavra de apreço pelos milhares de adeptos leoninos que se deslocaram a Famalicão para apoiar a equipa.

"Queríamos ter jogado, claro, o Famalicão queria ter jogado, a Liga queria que tivesse havido jogo, mas o próprio Subintendente [da PSP] disse que não havia condições, que não existiam efetivos suficientes, lamentavelmente para os nossos jogadores, mas também para os nossos adeptos, que têm enchido todos os campos onde vamos. Uma palavra também para eles, porque é frustrante", concluiu.