O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, reuniu na tarde desta sexta-feira com os líderes dos clubes que disputam os campeonato profissionais de futebol para analisar as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa.

Segundo avança o jornal desportivo 'Record', tanto o presidente da Liga como os clubes decidiram por unanimidade que o Nacional da Madeira e o Farense devem subir ao principal campeonato português de futebol na temporada 2020/2021.

A decisão deve assim ser tornada oficial nos próximos dias, depois da Assembleia-Geral da Liga. Se se vierem a confirmar as subidas de Nacional e Farense, os clubes vão abdicar dos habituais prémios em dinheiro atribuídos aos clubes que sobem de escalão.

Recorde-se que esta quinta-feira, o Governo confirmou no plano de desconfinamento da pandemia de COVID-19 que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputadas.

O Governo vai permitir o regresso da I Liga, que foi suspensa em 12 de março, após 24 jornadas, a partir de 30 e 31 de maio, e da final da Taça de Portugal, mas não da II Liga.

Estas medidas constam no plano de desconfinamento aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros, quanto à transição estado de emergência, que cessa no sábado, para o estado de calamidade.

Faltam disputar 90 jogos do principal escalão, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, assim como a final da Taça de Portugal, que vai opor Benfica a FC Porto.

Já a II Liga, que também foi interrompida após a 24.ª jornada, não recebeu ‘luz verde’ do Governo para o seu reatamento.  Na altura da suspensão, Nacional e Farense ocupavam os dois lugares de subida na II Liga, com os madeirenses no primeiro lugar, com 50 pontos, mais dois do que os algarvios.

Esta decisão de se retomar a I Liga vai ao encontro do que tinha pedido o presidente das Ligas Europeias de futebol (EL), esta quarta-feira. Durante uma uma videoconferência organizada pela Soccerex, Lars-Christer Olsson reforçou a intenção de se terminar as competições desta temporada "se for possível", devido à pandemia de COVID-19.

Mas a opinião da FIFA é outra. Na terça-feira, o presidente do Comité Médico da FIFA, o belga Michel D'Hooghe, defendeu, em declarações à cadeia de televisão britânica SkySports, que o futebol não deve regressar antes de setembro e assumiu que "é preciso ter mais paciência" face à crise mundial de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.