No final de uma reunião do Comité de Arbitragem da Associação Europeia das Ligas Profissionais de Futebol (EPFL), a que também preside, Vítor Pereira garantiu que o modelo da profissionalização será anunciado formalmente em breve.

"Será ainda no meu mandato (acaba no final de Maio) ", garantiu Vítor Pereira, que acrescentou que o modelo será "a tempo parcial em regime prioritário".

Para Vítor Pereira, "não há um modelo ideal" que se adapte às 30 ligas pertencentes à EPFL, porque esta medida "tem a ver com cada país, com a realidade socioprofissional".

O presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP acredita que, a médio prazo, a profissionalização poderá trazer mais qualidade à arbitragem.

"Essa é a minha firme convicção. Se você fosse amador, não teria a mesma qualidade na escrita. Só passar de 150 horas de trabalho semanais para 300 horas será suficiente para ver diferenças", afiançou.

O secretário-geral da EPFL, Emanuel Medeiros, considerou que "não é bom ver o clima de pressão que paira sobre os árbitros", referindo que um possível intercâmbio entre juízes e a utilização de novas tecnologias poderão ajudar.

Emanuel Medeiros disse que houve "um debate intenso sobre as diversas experiências com novas tecnologias feitas na Europa", como a bola inteligente, o olho de falcão ou o vídeo arbitragem.

"Decidimos enviar ao International Board uma mensagem, em que saudamos a abertura do presidente da FIFA sobre a utilização de tecnologia na linha de golo, além de mostrarmos o interesse e a disponibilidade das ligas europeias para testar estas tecnologias. Temos tido um posicionamento construtivo", referiu.

O secretário-geral da EPFL adiantou ainda que o organismo está preocupado com o "peso das apostas desportivas", propondo a criação de um "regime de incompatibilidades", de forma a "garantir a integridade das competições".