A direção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) justificou hoje a intervenção policial no jogo Académica-Benfica, no domingo, para controlar os ânimos e repor a ordem no Estádio Cidade de Coimbra, após desacatos entre adeptos benfiquistas.
"Cerca do 80.º minuto de jogo, gerou-se uma desordem na bancada entre adeptos afetos ao Sport Lisboa e Benfica, motivando a necessidade de intervenção da PSP para controlar os ânimos, visivelmente exaltados", informou o comando nacional, em comunicado.
A PSP explicou que a ação dos elementos do corpo de intervenção da Unidade Especial de Polícia (UEP) na bancada sul do estádio se deveu ao arremesso de petardos e cadeiras na direção da polícia.
"Durante esta intervenção, e face a uma previsível situação de esmagamento das pessoas naquela bancada, a PSP colaborou na retirada de alguns adeptos para as bancadas adjacentes e pista de atletismo do estádio, o que levou à interrupção do jogo, por breves minutos", lê-se na nota. O comando nacional informou ainda que foi detido um adepto benfiquista por "injúrias e resistência a agente de autoridade" e que a PSP participou criminalmente dos incidentes e se encontra a efetuar diligências para identificar os autores das deflagrações de petardos e tochas.
O comunicado adianta que, nos termos da legislação, "foi autorizada a entrada de cachecóis, camisolas, bonés e bandeiras individuais a todos os adeptos". Os desacatos na bancada sul do Estádio Cidade de Coimbra, durante o jogo da 11.ª jornada da I Liga de futebol, que os "encarnados" venceram por 2-0, provocaram um ferido ligeiro, que foi transportado ao Hospital da Universidade de Coimbra, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.
Os incidentes, que motivaram intervenção policial na bancada onde estavam adeptos do Benfica, levaram o árbitro Jorge Ferreira, aos 80 minutos, a interromper a partida durante cerca de cinco minutos.
Um porta-voz do Benfica criticou a atuação da polícia em Coimbra, lamentando que o corpo de intervenção tenha carregado "indiscriminadamente" sobre os adeptos "encarnados" durante o jogo com a Académica, da I Liga de futebol. "A carga policial afetou crianças e mulheres, pelo que vamos aprofundar o que se passou", disse Ricardo Lemos, assessor de imprensa, que prometeu mais esclarecimentos sobre a situação.
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