Seis das 18 equipas da I Liga de 2023/24 apostaram num novo treinador, com somente dois estrangeiros e outras tantas estreias, e sem novidades nos quatro primeiros, destacando-se a invulgar longevidade de Sérgio Conceição, no FC Porto.
De forma invulgar, nada muda nos habituais candidatos ao título: campeão pelo Benfica, Roger Schmidt continua na Luz, Sérgio Conceição permanece no Dragão, Ruben Amorim segue no Sporting e Artur Jorge persistirá no comando do Sporting de Braga, habitualmente com maior propensão nos últimos anos para a troca de técnicos.
Arouca e Desportivo de Chaves, nomeadamente quinto e sétimo na última temporada, com Daniel Ramos no lugar de Armando Evangelista e José Gomes na vez de Vítor Campelos, respetivamente, foram os clubes mais bem sucedidos em 2022/23 que não mantiveram – ou não conseguiram reter – os responsáveis das suas campanhas virtuosas.
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Mais para baixo na tabela, o Vizela, 11.º, aposta no espanhol Pablo Vilar depois de Álvaro Pacheco e Tulipa não terem cumprido com as expectativas, o mesmo acontecendo com o Gil Vicente (13.º) que conseguiu ir buscar Vítor Campelos a Trás-os-Montes, uma vez que Ivo Vieira e Daniel Sousa não estiveram isentos de um percurso intranquilo.
As qualidades de Álvaro Pacheco, que cumpria o quarto campeonato em Vizela, vão ser aproveitadas pelo Estoril Praia (14.º), após uma campanha sôfrega com Nélson Veríssimo e Ricardo Soares, que garantiu a manutenção a duas rondas do fim, antes de fazer valer uma cláusula no contrato para não continuar e rumar à China, onde treina o Beijing Guoan.
Paulo Alves foi eleito o melhor treinador da II Liga por dar o triunfo ao Moreirense na competição, mas vai ser Rui Borges quem se vai sentar no banco dos ‘cónegos’, estreando-se na elite lusa, oriundo da II Liga.
Em termos de longevidade ao leme da mesma formação, destaca-se Sérgio Conceição, que vai cumprir a sétima temporada, num pódio que conta ainda com Rúben Amorim e Paulo Sérgio, que vão para a quinta época ao comando de Sporting e Portimonense, respetivamente.
Num país tradicionalmente exportador de talentos nos treinadores, o alemão Roger Schmidt e o espanhol Pablo Villar, no Vizela, vão ser os únicos estrangeiros numa liga que vai contar com duas estreias, precisamente a do espanhol, que só acumula experiências internacionais desde que deixou o seu país em 2018.
A outra é a de Rui Borges, que no ano transato orientou o Mafra e o Vilafranquense, e que surpreende ao assumir o lugar de Paulo Alves, autor da subida do Moreirense, mas que não vai colher os frutos do seu êxito.
De resto, Moreno continua no Vitória de Guimarães, João Pedro Sousa no Famalicão, Petit no Boavista, Filipe Martins no Casa Pia e Luís Freire no Rio Ave, enquanto, nos recém-promovidos, José Mota persiste no Farense e Sérgio Vieira no Estrela da Amadora.
José Mota foi, aliás, um dos dois entre os 18 treinadores que na época passada pegou na equipa a meio da competição – interrompeu o percurso no Paços de Ferreira - a manter-se no cargo, a par de João Pedro Sousa, no Famalicão.
De resto, Mota vai participar pela 18.ª época na I Liga, em que comandará o oitavo clube, no caso a formação de Faro, vice-campeã da última edição da II Liga.
Sérgio Conceição, que venceu a I Liga em 2017/18, 2019/20 e 2021, Rúben Amorim, que levantou o troféu em 2020/21, e Roger Schmidt, que celebrou em 2022/23, são os únicos três campeões da prova.
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