Os árbitros ameaçaram entrar em greve na próxima jornada da Primeira Liga e os pedidos de dispensa sucedem-se para a próxima ronda. Na eventualidade de não existirem árbitros para os encontros, os regulamentos da Federação Portuguesa de Futebol têm um plano de contingência para se adaptarem à situação.

O jornal Record analisou o documento da FPF e revela que, num primeiro cenário em que apenas o árbitro principal não está disponível, a escolha recaiu para os seus auxiliares. O estatuto entra em cena e o árbitro com mais experiência assume o papel de juiz principal.

Caso, como se prevê, não haja nenhum árbitro disponível para apitar um jogo, as opções envolvem negociações entre os delegados dos clubes e os capitães de equipa, que têm de chegar a acordo e escolher um árbitro oficial que esteja na bancada. Quem for apontado não pode rejeitar a ‘chamada’.

Se não houver nenhum árbitro oficial na bancada, os delegados de ambas as equipas voltam a negociar outra opção que envolva um “elemento de confiança” a quem será confiada a arbitragem do encontro.

É necessário existir consenso entre as duas partes para que o encontro prossiga.

Caso as equipas recusem jogar alegando que não há um árbitro disponível, o encontro fica sem efeito, mas ambas as equipas são penalizadas com uma derrota por falta de comparência.

Recorde-se de que os árbitros portugueses têm vindo a pedir dispensa dos encontros da próxima jornada da Primeira Liga. A ‘greve’ aparenta ser um cenário a ter em conta que pode mexer muito com o normal funcionamento da ronda do campeonato.