O ex-guarda-redes Ricardo lamentou hoje as discussões extrafutebol a menos de duas semanas do dérbi entre o Benfica e o Sporting, não considerando que a presença de Jorge Jesus do lado dos ‘leões’ seja uma vantagem clara.
“Infelizmente é o futebol que temos. (...) Os dérbis são sempre quentes, são uma paixão, mexe com as pessoas, são emotivos. Por isso é que o futebol é um desporto fantástico. Mas quando se passa para outro tipo de situações, com temas que não têm nada a ver com o futebol jogado, isso não traz benefícios e é uma das razões porque temos os estádios sempre às ‘moscas’, tirando os grandes”, disse o antigo jogador do Sporting, em declarações à agência Lusa.
O antigo internacional português acrescentou ainda que “se pudessem alugar os estádios para outros eventos que não o futebol, mesmo assim não enchiam”.
O jogo entre Benfica e Sporting, da oitava jornada da I Liga e agendado de 25 de outubro, marca ainda o regresso do treinador Jorge Jesus ao Estádio da Luz, agora ao serviço dos ‘leões’, após seis temporadas no comando das ‘águias’.
“Pode ser vantagem ou desvantagem, tudo depende como as coisas correrem. É óbvio que é uma pessoa conhecedora do futebol português e que teve seis anos numa casa que conhece muito bem e que agora está noutra, que vai defender como defendeu todas as outras em que teve até hoje”, disse.
Ricardo não deu favoritismo para o dérbi, até porque “Sporting, Benfica, FC Porto, Boavista, todos estão preparados para ganhar qualquer tipo de jogo” e que “não interessa se é fora ou em casa”.
O antigo guarda-redes disse ainda estar a ver “com bastante expetativa” o início de temporada do Sporting, assim como do Boavista, os dois clubes portugueses em que teve maior sucesso, elogiando o trabalho de Petit nos ‘axadrezados’.
“[Petit foi um] Colega na seleção, de clube, de quarto, colega de grandes batalhas. É um orgulho enorme, uma grande satisfação ver um colega de quem gosto muito ter sucesso, com muitas dificuldades que se depara ele e o clube”, afirmou.
Ricardo falava à margem do Portugal Masters, em Vilamoura, no qual participou hoje no Pro-Am, revelando que começou a jogar golfe quando ainda jogava futebol, afirmando que “é um hobby fantástico”, uma paixão, que “faz muito bem à mente”.
Com uma volta com três pancadas abaixo do par, Ricardo fez uma marca que muitos profissionais não vão conseguir alcançar durante a prova do European Tour, mas esse não é um estatuto que o ex-internacional de futebol almeja, limitando-se a querer “ser um bom amador”.
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