O defesa Roderick Miranda recusou hoje a ideia de falta de empatia entre o plantel do Benfica e o treinador, referindo que a relação entre os futebolistas e Jorge Jesus continua igual ao primeiro ano.

«Está tudo igual, desde o primeiro ano, são coisas que aparecem nos jornais, mas cá dentro está tudo tranquilo e igual desde o primeiro ano em que nos encontrámos», sublinhou o jogador, que falou aos jornalistas antes do treino.

Na primeira sessão de treinos abertos à imprensa no Centro Desporto Colovray, em Nyon, o central internacional sub-20 não fugiu à questão da relação com o técnico e disse que se não houvesse uma boa relação algo tinha que mudar e nada mudou.

Roderick deseja sorte a Coentrão

O jogador falou também de saídas, nomeadamente de Fábio Coentrão, para o Real Madrid, e de entradas, dos reforços para a nova época, apostando numa temporada de sucesso para a equipa, que aposta em todas as frentes.

A ida de Coentrão para Madrid, hoje anunciada, foi encarada normalmente, com Roderick a desejar felicidades ao antigo colega e a dizer que caberá agora ao Benfica «encontrar um substituto à altura» do lateral esquerdo.

«O Fábio Coentrão é um jogador com muita qualidade, toda a gente o reconhece, mas vamos encontrar um substituto à altura, não há jogadores insubstituíveis no mundo do futebol, é um grande jogador e desejo-lhe as maiores felicidades», disse.

Nova época e os reforços

O central lembrou que existe uma pressão natural no clube, na qualidade de equipa grande e que a ideia é atacar o «título com força», fazendo tudo para não acontecer um arranque similar ao da época passada (com três derrotas nos quatro primeiros jogos).

As contratações ainda são uma incógnita para o jovem jogador, que apenas hoje fez os primeiros treinos, os da manhã com uma carga mais física e menos técnica e táctica, deixando o plantel mais fatigado.

«Alguns jogadores estão fatigados, e não tem dado para ver, mas, pelo que me dizem, e se não for todos, a maioria é de grande qualidade e isso é bom», acrescentou o defesa central, chamado ao estágio devido às lacunas da equipa no eixo da defesa.

Falta de centrais no plantel e a oportunidade de jogar a Liga dos Campeões

O brasileiro Luisão está ausente na Copa América e Jorge Jesus, com o primeiro jogo da “Champions” agendado para o final de julho, apenas contava com Jardel, ao qual se juntaram também Miguel Vítor e Fábio Faria, jogadores que estiveram emprestados.

A saída dos sub-20, que vão disputar o Mundial da Colômbia, também foi colocada ao jogador, com Roderick Miranda a dizer que o Benfica e a Federação estão em diálogo e que os dirigentes saberão o que é melhor para si.

«Os dirigentes saberão o que é melhor para mim, se for chamado vou representar com maior orgulho a selecção, se ficar no Benfica pela ‘Champions’ e pela época, também vou fazer o possível para dignificar a camisola», referiu.

Roderick admitiu ser bom ter «um Mundial no currículo», mas que «participar na Champions também é bom», referindo estar de consciência tranquila e que trabalhará, quer isso aconteça no Benfica ou selecção.

A opção de Vítor Baía pelo FC Porto no Mundial sub-20 de Riade (1989), que Portugal viria a ganhar, foi recordada ao defesa, mas Roderick disse serem decisões que se tomam num momento e que o ex-guardião do FC Porto não foi campeão mundial, mas conseguiu uma carreira.