Rodrigo Battaglia é o oitavo jogador a entregar a carta de rescisão por justa causa no Sporting. De acordo com o jornal O Jogo,  o jogador argentino enviou a carta de rescisão esta quinta-feira revelando que, após reflexão e consultas psicológicas, chegou à conclusão de que lhe é "impossível continuar com a relação de trabalho e voltar ao clube."

O argentino menciona ainda a "falta de garantias e o incumprimento do dever de salvaguardar a minha segurança e integridade pessoal" no emblema de Alvalade.

Battaglia junta-se assim a Daniel Podence, Rui Patrício, Bruno Fernandes, William Carvalho, Gelson Martins, Bas Dost e Rúben Ribeiro, jogadores que já enviaram as respetivas cartas de rescisão.

A crise no Sporting teve origem na perda do segundo lugar do campeonato, na última jornada, para o Benfica e acentuou-se dias depois, em 15 de maio, quando cerca de 40 pessoas encapuzadas invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns futebolistas e elementos da equipa técnica, com a GNR a deter 27 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva.

Entre estes detidos, que ficaram em prisão preventiva, estão Fernando Mendes, ex-líder de claque Juventude Leonina, e o condutor do BMW azul que no dia das agressões entrou nas instalações da Academia do Sporting em Alcochete e retirou alguns dos alegados agressores.

Na sequência destes incidentes, os futebolistas Rui Patrício e Daniel Podence apresentaram a rescisão por justa causa, enquanto o treinador Jorge Jesus rescindiu por mútuo acordo para assinar pelos árabes do Al Hilal. Bruno de Carvalho anunciado inclusivamente que avançou com processos crime contra ambos os jogadores.

No âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol, tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o 'team manager' do clube, André Geraldes.

Na sequência destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho – sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG que foi indeferida liminarmente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa - e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.

O CD do Sporting decidiu substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios e convocar uma Assembleia Geral Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.