“Na última época, [FC Porto e Sporting] foram melhores e fizeram mais pontos, mas agora começam todos do ‘zero’ outra vez. Queremos melhorar a ‘performance’, jogar um futebol diferente e fazer mais pontos. Neste momento, estamos muito focados na preparação da época, mas claro que queremos jogar de maneira diferente”, expressou.
Na primeira conferência de imprensa no comando técnico do Benfica, que contou com o presidente Rui Costa a assistir, na sala de imprensa do Estádio da Luz, Roger Schmidt mostrou-se “muito entusiasmado” e com vontade de provar que foi uma boa escolha.
“Os responsáveis do Benfica, especialmente o nosso presidente e o diretor desportivo, acreditam em mim e que sou um bom treinador para o Benfica. A pressão é minha, de mostrar que fizeram uma boa escolha. Ao juntar-me a um clube de topo, há sempre grande pressão em ganhar, mas, sobretudo, temos uma grande motivação em fazer as pessoas que amam o Benfica orgulhosas. Temos de ser uma equipa lutadora”, afirmou.
O clube da Luz, que terminou o último campeonato na terceira posição e alcançou os quartos de final da Liga dos Campeões, iniciou no sábado a pré-época, com os habituais exames médicos, seguindo-se testes físicos no domingo e o primeiro apronto esta manhã.
“Conheço todos os jogadores do plantel, vi-os em vídeo e agora vou vê-los em treino. Treinámos hoje pela primeira vez e tive uma boa primeira impressão deles, estão com uma boa atitude. Há muita qualidade e pretendemos ter uma boa mentalidade. A pré-época é sempre muito importante”, sublinhou também o técnico alemão, de 55 anos.
Nas suas passagens pelos neerlandeses do PSV Eindhoven, nos quais passou as derradeiras duas temporadas, e pelos germânicos do Bayer Leverkusen (2014/15 a 2016/17), ficou conhecido por um futebol muito ofensivo, que quer implementar também no Benfica, mas está “disposto a alguns ajustes, que dependem das características dos jogadores”.
“A pré-época existe também para dar oportunidade a jovens jogadores de treinar com a equipa principal. Vemos no dia-a-dia os jogadores e acho que, no final da pré-época, teremos o plantel para atacar a temporada. Agora, o plantel tem de ser um pouco mais alargado. É um bom grupo para trabalhar, alguns ainda se juntam na próxima semana, onde já começaremos a fazer algumas escolhas e ajustes”, frisou o ex-centrocampista.
Roger Schmidt explicou ainda a inclusão do antigo futebolista das ‘águias’, o espanhol Javi García, na sua equipa técnica: “Foi uma sugestão do clube. Tive oportunidade de o conhecer há algumas semanas. Foi um grande jogador e é uma grande pessoa. Estou muito feliz por se ter juntado à equipa técnica. Quando se chega a um novo país, há detalhes que podemos não saber, mas ter pessoas que conhecem a realidade é muito importante”.
Sobre reforços para o plantel, Roger Schmidt não fugiu a nenhuma questão e salientou a qualidade do avançado internacional português Ricardo Horta, ‘alvo’ do Benfica para a próxima temporada, bem como se mostrou feliz pela contratação do argentino Enzo Fernández, do River Plate, que, no entanto, se pode juntar ao grupo só em dezembro.
Já sobre o compatriota Mario Gotze, que foi seu jogador no PSV, Schmidt confirmou a intenção de o trazer para a Luz, mas o médio preferiu ingressar no Eintracht Frankfurt, de forma a “ficar na Alemanha, junto da família”, uma decisão respeitada pelo técnico.
No final da conferência de imprensa, o treinador deixou um convite à massa adepta do Benfica para comparecer no treino aberto no Estádio da Luz, no próximo domingo, pois “são muito entusiastas” e precisam deles “para fazer bons jogos” durante a época.
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