Roger Schmidt, treiador alemão do Benfica, concedeu uma extensa entrevista à revista 'Kicker', do seu país, na qual falou dos primeiros tempos em Portugal, como técnico das águias, mostrando-se encantando com o que está a viver até agora no nosso país.

"Quando falaram comigo ficou bastante claro: O Benfica queria-me como treinador, então eu pertencia 100 por cento lá. É uma honra para mim, enquanto técnico, trabalhar num clube assim", começa por dizer, referindo-se ao que o levou a aceitar a proposta do clube da Luz. "Olho para o mar durante os treinos e às vezes acho que tenho de me beliscar", acrescenta.

Schmidt revelou ainda que antes de aceitar a proposta do Benfica rejeitou uma do Leipzig para deixar o comando técnico do PSV para assumir o leme do clube germânico. "É um princípio que tenho. Para mim não é opção deixar uma equipa a meio da temporada. As coisas estavam a correr bem no PSV em termos desportivos e fora do campo estávamos todos muitos unidos. Por isso não conseguia pensar na hipótese de sair a meio da época", explicou.

Quanto aos objetivos para essta primeira época na Luz, Schmidt é claro: "O Benfica não conquistou qualquer título nos últimos três anos. O nosso objetivo é mudar isso e, no grupo da Champions, não vamos apenas lutar pelo 3.º lugar".

Para o ajudar na concretização desses objetivos, o treinador alemão conta com o reforço e compatriota Julian Draxler. "Não contratámos Draxler porque funcionou bem com Mario Götze em Eindhoven, mas sim porque estamos totalmente convictos da aposta nele. É um jogador de topo que nos dá ainda mais flexibilidade no ataque. Portanto, não se trata de saber se a história se repete. Deve ser sempre sobre conteúdo e não sobre pessoas", afirmou.

O treinador do Benfica teve ainda tempo para olhar para o futebol atual, deixando alguns reparos à UEFA. "Temos de aceitar até certo ponto que o futebol é um grande negócio, todos nós tiramos proveito do mesmo. No entanto, sou uma das pessoas que defende que não temos de aceitar tudo e mais alguma coisa só por causa disso. As pausas para os jogadores não são longas o suficiente, o que faz com que os jogos percam algum valor. Do meu ponto de vista, deveria ser reduzido, ao invés de aumentado. Sendo honesto, já se retira dinheiro suficiente do futebol, não acho que seja preciso mais", terminou.