Rogério Alves, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, defendeu hoje a realização de eleições no clube, face à atual situação de instabilidade e contestação à direção liderada por Bruno de Carvalho.
"Vejo a crise com a mesma preocupação, a mesma perplexidade e o mesmo desgosto que todos os sportinguistas estão a ver. Para mim, é muito claro: as fraturas estão expostas de uma maneira absolutamente impensável. A solução é a realização de eleições, o método até lá é paz e tranquilidade", afirmou.
Em declarações à margem da presença num almoço no International Club of Portugal, que contou com Jorge Jesus, ex-treinador dos ‘leões', como orador convidado, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados frisou ainda que o "respeito mútuo" é fundamental para o futuro do emblema ‘leonino’.
"Se formos por este caminho de tranquilidade, as soluções poderão estar próximas e o problema poderá ser resolvido dentro do Sporting. Se não optarmos por este caminho, terão de ser os tribunais a decidir o que o Sporting não é capaz de decidir nos seus órgãos", explicou o antigo dirigente do clube.
Considerando que o Sporting vive uma necessidade "patriótica" de realização de eleições, Rogério Alves salientou ser indispensável "dar a palavra aos sócios", face às consequências que podem recair sobre a próxima temporada.
"Não há paz, não há treinador, a época está a ser preparada com grandes dificuldades e, por isso, eu diria: podemos falar sobre muita coisa, como as violações aos estatutos que estão a ser cometidas, mas para mim é crucial a necessidade de promover eleições. Os sócios vão ter de escolher e depois da escolha vão ter de se conformar com o resultado das eleições", explicou.
No mesmo sentido, Sousa Cintra, ex-presidente do Sporting, mostrou-se "arrependido" pelo apoio ao atual presidente, Bruno de Carvalho, e subscreveu a importância de o clube avançar para um novo ato eleitoral.
"Estou arrependido agora, porque nesta fase final acho que nenhum sportinguista se pode rever na situação que o Sporting está a atravessar, culpa apenas de uma pessoa. Uma pessoa que é o presidente. Está agarrado ao poder, é uma coisa incrível", referiu.
Para o antigo dirigente, só a saída de Bruno de Carvalho pode abrir caminho para o fim da instabilidade diretiva no Sporting.
"Não consigo entender por que é que ele não pede a demissão e não resolve os problemas do clube: A situação está a agravar-se, a época está a chegar e tudo devia estar a ser bem preparado. Se os sócios já mostraram que querem eleições, por que é que ele não se demite?", sentenciou.
Por fim, Pedro Baltazar, antigo candidato às eleições presidenciais ‘leoninas’ de 2011, vincou que "é óbvio que é a direção que está a quebrar os estatutos" e não descartou um eventual contributo para uma nova solução presidencial: "Estou sempre disponível para o Sporting".
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