Rúben Amorim, treinador do Sporting fala aos jornalistas na conferência de imprensa de antevisão do encontro de sexta-feira com o Rio Ave, em Alvalade, da 1.ª jornada da I Liga 24/25.
O encontro com os vila-condenses, que abre o campeonato e no qual os leões iniciam a defesa do título conquistado em 23/24, surge depois da derrota por 4-3 ante o FC Porto na Supertaça, após prolongamento, num encontro em que os verdes e brancos estiveram a vencer por 3-0.
Regresso a Alvalade: "Deu para matar saudades dos adeptos no particular e na Supertaça, onde o ambiente foi espetacular. Gosto muito do Rio Ave, sou suspeito porque gosto muito do treinador. Jogam de forma parecida à nossa e vai haver um grande encaixe, vão ser os duelos a decidir. Estamos preparados para a dificuldade do jogo, queremos defender o título e voltar a ser campeões nacionais".
Cicatrizes da derrota na Supertaça: "Foram dias muito difíceis, talvez os mais difíceis que já vivemos. É uma derrota, porque perdemos um título, mas especialmente pela situação em si. É difícil acordar e a primeira coisa que nos vem à cabeça ser o jogo. Temos de esquecer o resultado, o contexto, olhar para o que temos de melhorar. Trabalhámos várias coisas e preparámos este jogo. Nada como jogar outra vez para curar isso definitivamente. Foi a semana mais difícil que tivemos aqui".
Caso de Nuno Santos e do vidro partido no Municipal de Aveiro: "A nossa grande preocupação é a Rita e sabemos que está a recuperar bem. Aconteceu uma situação que é grave. Podia ter tido consequências ainda mais graves e agora vão-se apontar dedos. A responsabilidade vai ser apurada, vamos deixar isso para os sítios certos. Houve um comunicado da Câmara e outro do pai, duas versões diferentes. Dou mais valor à pessoa que estava lá. Não quero tirar responsabilidade aos meus jogadores, mas não vou fazer como muita gente e crucificá-los. Basta ver como o Nuno Santos estava no corredor, a preocupação que tinha com a Rita. É um impacto grande por causa do que podia ter acontecido. Queremos ajudar em tudo".
Conversa com os jogadores após a derrota na Supertaça: "Semana difícil para uma equipa cada vez maior, que sente cada vez mais as derrotas. Foi um jogo que esteve na nossa mão. Não posso falar muito com os jogadores, porque uma equipa que está a ganhar 3-0 e depois há o 3-1, 3-2, 3-3 e 4-3... Acho que a grande responsabilidade é do treinador. Senti que a equipa estava bem, mas devíamos ter tido outra concentração num ou outro pormenor, como nos lançamentos. Não tive conversas especiais, olhámos para o jogo. Foi uma semana normal e seguimos em frente para o próximo".
Estatuto de maior candidato ao título desvaneceu? "Temos sempre pressão. Claro que queremos muito ganhar este jogo por todas as condicionantes da Supertaça. Estou aqui com umas preocupações completamente diferentes daquelas que tinha se tivéssemos ganhado a Supertaça. Não vincaríamos nada, mas ganharíamos mais um título, a semana e a confiança seriam muito maiores. Queremos ganhar agora para depois continuar o nosso caminho".
O que espera do Rio Ave: "O treinador é muito bom e mudou a forma de jogar para a segunda volta em Vila do Conde. Jogou com o Úmaro a ala por dentro, mas a esticar muito o campo. Por isso é que acho que vai haver alguma coisa nova na equipa que nos pode surpreender. Mudaram as caraterísticas dos jogadores, têm mais jogadores de posse do que de velocidade. Têm saída a quatro com um médio defensivo, são bons nas bolas paradas. Estamos preparados para tudo, mas queremos implementar o nosso jogo."
Kovacevic e Debast vão continuar a ter a confiança do treinador e ser titulares? "Não vou dizer quem vai ser titular, mas têm toda a confiança do treinador como tinham antes da Supertaça. O importante é os jogadores conhecerem o treinador. Vocês farão a vossa avaliação, eu estou zero preocupado porque eles conhecem-me. Com o meu historial, estar a culpar um jogador ou a tirá-lo à primeira coisa que acontece... Não é normal. Eles têm a confiança do treinador, confiam no treinador, e vai correr tudo bem. Um central não pode errar, senão dá golo. O guarda-redes também. Eles estiveram bem, mas estiveram como toda a equipa: abatidos mas a querer o próximo jogo. Isso foi o mesmo com toda a gente. Não podemos é parar de trabalhar. Estão preparados para jogar e prontos para mais um desafio."
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