O Sporting desloca-se a Chaves em jogo da 21ª jornada marcado para segunda-feira às 19h. Em conferência de antevisão a mais um duelo decisivo para os Leões, que procuram o regresso às vitórias, Rúben Amorim mostra-se ciente do que é preciso melhorar e não fugiu ao tema de Adán nem da ausência de uma boa parte dos adeptos em Alvalade:
Dados a corrigir na equipa: "Acima de tudo, temos de ter cuidado com as transições. Temos de fazer golos. Na primeira parte na Liga Europa, tínhamos de ter feito mais golos. Temos de jogar muito melhor. É um estádio complicado, temos a pressão de ganhar. Eles treinaram bem. Estamos preparados. Conhecemos bem a equipa do Chaves".
Últimos resultados negativos: "Há essas fases no futebol. O que temos de fazer é jogar bem. Houve fases em que não conseguimos completar um ciclo de cinco vitórias devido a percalços. Com o FC Porto jogámos bem, por exemplo. Temos de olhar para a parte tática e técnica. Queremos vencer estes jogos que se avizinham. Todas as equipas passam por este ciclo. O jogo de quinta-feira também nos ajuda a isso, a retirar a ansiedade".
O que é necessário melhorar na equipa: "Obviamente que podemos melhorar em todos os aspetos do jogo. Se estamos a falhar mais na finalização, o resto acaba por estar a ser bem feito. Já tivemos uma sequência de jogos em que marcámos cinco golos, depois seis, mais tarde três. São fases. Temos marcado poucos golos e temos sofrido mais. O jogo contra o Chaves em Alvalade foi o reflexo disso. Sofremos dois golos seguidos. No jogo contra o Midtjylland, houve a ansiedade após sofrer o golo. É algo a melhorar. O jogo tem 90 minutos, podemos precisar só de dez segundos para chegar ao outro lado. Nós, se fizermos um golo, mudamos muito do jogo. Ficamos mais confiantes. Temos de evitar as transições contra o Chaves. Treinámos detalhes esta semana. Há muita coisa a ser bem feita porque criamos mais oportunidades do que em anos anteriores. Temos de controlar o jogo nos 90 minutos e é muito por aí. Se acontecer algo de mal, não interessa, temos de nos manter".
Ausências no Chaves: "São fases da época. Não posso estar a falar das baixas dos adversários. Todos os jogos são difíceis para nós. Também tivemos essas fases e não falávamos disso. Parece que ultimamente, quando se joga contra o Sporting, há muitas baixas dos adversários. Para nós é sempre difícil. Não ligamos ao adversário. Sabemos que vão criar uma equipa competitiva. O Chaves vai estar com a pressão de vencer. Nós também temos de vencer".
Ausência de grande parte dos adeptos nas bancadas: "Nós fomos campeões sem adeptos. Às vezes as coisas não correm bem. É uma escolha do adepto ir ou não ir. Temos de perceber que houve muitos jogos com horas tardias. Sempre tivemos o apoio dos sportinguistas. Estamos em quarto lugar e assumimos isso. Nunca nos queixámos de falta de apoio. Está a ser uma época dificíl, com as eliminações. Estamos na Liga Europa, mas estamos no quarto lugar. Acaba por ser normal no futebol".
Sentimento pelo 100º jogo em Alvalade: "É o centésimo jogo... Estragámos um bocado a média. É um orgulho estar num clube tão grande como o Sporting. Ser campeão traz uma realização a qualquer treinador. Melhor momento? É difícil escolher. Pior? Há vários. Em relação à vida familiar, posso dizer que não ia para lado nenhum sem a minha família. Vamos ver quanto tempo vou aguentar essa vida. Sou bastante jovem e sinto-me bastante realizado, até mais do que como jogador. Se calhar nasci mais para ser treinador do que para ser jogador [risos]".
Situação de Adán: "O Vital é exemplar nisso. Fomos ver quantas vezes o Adán tocou na bola com os pés, quantas boas decisões ele tomou. Obviamente que isto conta pouco quando um guarda-redes erra. Quantos dos nossos jogadores só tinham de empurrar para a baliza e não conseguiram? Quanto ao Adán, fazemos uma avaliação geral. O Vital sorriu para mim e disse que estava tudo bem. Mantemos total confiança nele".
Estatísticas individuais de Pote e outros jogadores esta temporada: "Já fizemos as contas em torno do Pote. O Dário também estava a jogar bastante e lesionou-se. Mesmo o Morita, que chega muito à área, imaginar o Ugarte lá perto é mais difícil. Devido ao posicionamento, não consigo imaginar o Ugarte passar daquela posição para outra. É verdade que o Pote nos faz muita falta quando queremos fazer golos. Contra o Midtjylland, foi muito assim".
Crise de resultados: "Temos de gerir. A verdade é que vamos evoluindo com estes momentos. Tínhamos fases em que ganhávamos e deixávamos passar certas coisas. Com outros resultados, temos em atenção a outros pormenores. Isto da crise de resultados vai dar jeito no futuro. Mas custa muito. Muitos dos jogadores que ganharam o campeonato já não são os mesmos. Tenho a certeza que o Palhinha, o Matheus Nunes e outros jogadores iam gerir os resultados de outra forma, não teríamos estes problemas. Mas é uma questão a gerir".
Chaves recebe o Sporting na próxima segunda-feira às 19h. Acompanhe o jogo, AO MINUTO, aqui!
Comentários