O treinador Ricardo Sá Pinto assumiu hoje respeitar a gestão do Portimonense na goleada sofrida com o líder FC Porto (0-7), que antecede o jogo com o Moreirense, no sábado, da 31.ª jornada da I Liga de futebol.
“Cada um sabe o que tem de fazer dentro do seu clube e casa. Respeito muito os meus adversários e colegas de profissão. Só tenho de me preocupar comigo e com a minha equipa. O meu foco total é o Moreirense”, notou o técnico, em conferência de imprensa, face à polémica em torno do ‘onze’ apresentado pelo homólogo Paulo Sérgio no Dragão.
Se os algarvios somaram a 15.ª partida sem vencer nas últimas 16 rondas, os minhotos alcançaram o segundo triunfo consecutivo na receção ao também ‘aflito’ Tondela (2-0) e saíram da zona de despromoção direta ao fim de sete duelos, por troca com os beirões.
“É altura de estarmos ainda mais em alerta máximo para evitar o excesso de confiança e manter a humildade e concentração que tivemos nos últimos jogos. É fundamental que continuemos a conquistar pontos e acreditamos que podemos somar mais três, mesmo sendo em casa do Portimonense. Sendo muito difícil, vamos lutar arduamente”, frisou.
Admitindo ser “mais gratificante e recompensador” trabalhar em cima de vitórias, Ricardo Sá Pinto lembrou que a luta pela permanência “ainda não terminou”, apelando ao plantel “mais um pequeno grande esforço” rumo a uma “recompensa maior” no final da época.
“Estamos na fase que gostava de estar para podermos encarar estes desafios. Estamos na melhor fase da época, que tem de ser algo que nos motive e mantenha felizes, mas não nos desconcentre e desfoque. O nosso maior desafio passa por ser consistentes. Acima de tudo, quero que a equipa mantenha a determinação e concentração, que são fundamentais para que estejamos mais perto de conseguir bons resultados”, advertiu.
O Moreirense fechou também um ciclo de 12 jogos seguidos a consentir golos diante do Tondela, numa tarde em que estava privado do brasileiro André Luís, por lesão, e viu o compatriota Yan, titular desde a 16.ª ronda, sair com queixas físicas na coxa esquerda.
“O Yan é um jogador importantíssimo e determinante para nós. Os números falam por si, não só em termos de golos, mas de assistências e naquilo que são os nossos ataques e oportunidades. Fazia a diferença no processo ofensivo e é uma grande perda, que nos deixou tristes. Perder um jogo não é o mesmo do que três ou quatro. Esperamos que ainda nos possa ajudar esta época, mas há outras soluções”, analisou Ricardo Sá Pinto.
Entre as alternativas sobressai o ‘canarinho’ Derik Lacerda, que abriu as portas do ‘onze’ na última jornada, ao ‘saltar’ do banco de suplentes para fabricar os golos dos ‘cónegos’, tal como já fora influente na vitória sobre o Gil Vicente (2-1), ao juntar duas assistências.
“Espero que os que sejam chamados para a vaga do Yan possam acrescentar ao mesmo nível. O Derik foi importante e tem de continuar o seu crescimento, mas esta equipa vive muito do conjunto. Não há hipótese de sermos melhores se alguém pensar no individual”, concluiu o treinador, que já pode contar com Fábio Pacheco, de regresso após castigo.
O Moreirense, na 16.ª e antepenúltima posição, de acesso ao ‘play-off’ de permanência, com 26 pontos, um abaixo da zona de ‘salvação’ direta, defronta o Portimonense, 12.º colocado, com 32, no sábado, às 15:30, no Estádio Municipal de Portimão, em jogo da 31.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.
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