O jornal A Bola escreve esta sexta-feira na edição impressa que o Benfica prepara-se para requerer a abertura da instrução do caso e-toupeira. A estratégia da defesa dos encarnados passa por contestar a tese da acusação, e o objetivo é claro: evitar a pronúncia da SAD de modo a que esta não chegue a ir a julgamento.

De acordo com o desportivo, a equipa de advogados que trabalha na defesa da SAD considera que acusação não apresenta qualquer facto ou prova concreta sobre os crimes imputados, baseando-se num conjunto de deduções genéricas sem elementos de prova claros e inequívocos.

Os causídicos dos 'encarnados' tentarão desmontar as teorias apresentadas pela acusação do procurador adjunto Valter Alves, salientando que em momento algum o Ministério Público (MP) conseguiu relacionar dados de causa-efeito. Ou seja, os advogados sustentam que em momento algum a acusação conseguiu mostrar que uso foi dado às informações que alegadamente os responsáveis da SAD encarnada tiveram acesso e o proveito que daí terá resultado.

Perante este cenário, os jurídicos das águias alegam que cai por terra a sustentação para o pedido por parte do MP da aplicação das medidas acessórias que poderia resultar em eventual suspensão de seis meses a três anos da participação do Benfica em competições oficiais.

O mesmo jornal explica ainda que a SAD do Benfica, aquando da constituição desta como arguida no caso e-toupeira, tinha pedido o afastamento do procurador adjunto Valter Alves, relator do processo, alegando um incidente de suspeição sobre o magistrado, situação a que o MP não deu sequência.