A SAD da União de Leiria vai “agir judicialmente” contra Lito Vidigal, depois de o ex-técnico ter revelado que foi despedido através da comunicação social e acusado o presidente João Bartolomeu de mentir sobre ordenados em atraso.

Em comunicado, a SAD leiriense alega que Lito Vidigal, dispensado no início de julho, “não foi demitido pela imprensa, foi sim afastado de funções ao ser-lhe instaurado um processo disciplinar”.

A SAD informa ainda que se vê “obrigada a agir judicialmente contra quem regularmente e reiteradamente difama o bom nome desta instituição”.

A União de Leiria SAD promete ainda divulgar, “oportunamente e em sede própria”, os motivos que levaram “à instauração do processo disciplinar” a Lito Vidigal, acrescentando não compactuar “com compadrios e lobbys”.

A SAD do União de Leiria reagiu desta forma à notícia divulgada domingo pela Agência Lusa, segundo a qual Lito Vidigal exige uma indemnização por “despedimento feito na comunicação social”, acusando a União de Leiria de violar “deliberadamente o dever de proporcionar ao trabalhador a ocupação efectiva na sua função de treinador principal”.

Depois de dispensado pela SAD, seguranças da União de Leiria impediram Lito Vidigal de treinar e de viajar no autocarro da equipa para os locais de estágio.

Lito Vidigal reclama três meses de ordenado em atraso e recusa a acusação do presidente da SAD leiriense, que afirma que o treinador e a antiga equipa técnica devem 65 000 euros à União de Leiria no âmbito da transferência litigiosa do Portimonense para Leiria.

Os representantes legais do treinador explicaram, em comunicado, que Bartolomeu terá de “provar em Tribunal” a existência de dívidas de Lito Vidigal para com a União de Leiria.

Lito Vidigal foi oficialmente dispensado pela SAD da União de Leiria a 07 de Julho, tendo então o administrador da SAD, Mário Cruz, referido a existência de “incompatibilidade entre a administração e o treinador”.

Com contrato com a União de Leiria até 2012, Lito Vidigal foi substituído no comando da União de Leiria por Pedro Caixinha.