Alberto da Ponte falava durante um debate com o presidente da concorrente do sector das cervejas, a Unicer, organizado pela Associação Comercial de Lisboa, onde as antigas questões entre as duas empresas voltaram a ser alvo de comentários, como as quotas de mercado de cada uma.
Sobre o Sporting, "estamos em conversações, há propostas a ser debatidas", afirmou Alberto da Ponte, sem avançar quais os pontos ou valores que estão em análise na quebra do contrato de patrocínio da Sagres, da SCC, por parte do clube de Alvalade.
"Sentimo-nos no direito de ser ressarcidos. A figura de rasgar contratos antes de terminarem tem de acabar" e o contrato com o Sporting vigorava entre 2008 e 2011, disse.
O futebol foi ainda tema quando se trata da selecção nacional, que tem o patrocínio da Sagres, com o presidente da Unicer a defender que "a selecção nacional é património de todos nós e não de uma marca", defendeu Pires de Lima.
"Não se compra o direito à associação ao hino nacional, à bandeira portuguesa ou à alegria dos portugueses" quando a sua selecção de futebol ganha, salientou ainda António Pires de Lima.
Num outro assunto que também não parece reunir consenso entre os dois responsáveis, Alberto da Ponte referiu - respondendo a uma crítica do presidente da Unicer - que "o patrocínio da Liga confere [à SCC] determinados direitos, como o acesso a todos os clubes".
A cerveja Sagres está há mais tempo no campo dos patrocínios ao futebol enquanto a SuperBock, da Unicer, "está a ganhar espaço nos últimos anos" e já desenvolveu parcerias com alguns clubes, lembrou ainda Pires de Lima.
Quanto à distribuição do mercado da cerveja, "passamos de uma liderança confortável para uma liderança partilhada, o que é um enorme desafio", afirmou o presidente da Unicer, enquanto Alberto da Ponte reforçava que "a Sagres é líder há 10 meses".
Cerca de 97 por cento do mercado é controlado pelas duas empresas, com a Unicer a deter 49 por cento e a SCC 48 por cento.
No final de Agosto, Pires de Lima disse à agência Lusa que a Unicer prevê investir em 2010 entre seis e sete milhões de euros em patrocínios a instituições desportivas e já manifestou interesse em apoiar a selecção portuguesa de futebol.
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