Rui Vitória foi o convidado do programa 'Alta Definição', da SIC, e assumiu que não esquece a guerra de palavras que enfrentou do técnico do rival Sporting, Jorge Jesus.

"Falo quando quero, quando e com quem quero. Digo sempre a verdade, pode ser de formas diferentes. Muitas vezes não digo tudo o que quero ou que me apetece. Há sempre um lado estratégico. Não sou obrigado a dizer tudo… Só entro nas disputas que quero entrar e quando quero entar. Vou para uma guerra quando quero guerrear e se tiver de ir, vou", afirmou o técnico que se sagrou campeão pelo Benfica, lamentando que não tenha surgido um 'mea culpa' do outro lado: "Se me devem um pedido de desculpas? Evidentemente que sim, mas em vez de as pedir, há que as evitar. Não sou muito rancoroso, mas não esqueço o que me fazem."

Questionado sobre o seu futuro, Rui Vitória quer continuar a "lutar por muitos títulos", mas "sem obsessões". "Foi sempre o meu lema: é o dia de amanhã que conta. Estou a treinar o clube que queria estar a treinar. Quando fui passando de clube em clube e de escalão em escalão, todos diziam que ia ser mais difícil, mas não houve nada que considerasse difícil. As coisas têm sido naturais para mim", explicou.

"Daqui a 50 anos gostava que reconhecessem como exemplo, um exemplo como treinador mas também em termos pessoais. Se possível, como alguém que marcou os clubes por onde tem passado o que, felizmente, tem acontecido", concluiu Rui Vitória.