Há mais um candidato se houver eleições no Sporting. Dionísio Castro está disponível para ir a votos contra Bruno de Carvalho. O antigo atleta assumiu essa vontade esta quinta-feira.

"Serei candidato se houver eleições. Porque acho que consigo pôr o Sporting como o vejo. Acredito num Sporting sem notáveis e ilustres, mas também sem sportingados. Sportinguistas, ponto final. Nem de primeira, nem de segunda. Conheço a estrutura do Sporting como a palma das minhas mãos. Sempre gostei muito de futebol. Adoro desporto. Sinto, sinceramente, que sou a pessoa capaz de levar o barco adiante", disse Dionísio Castro, em declarações ao jornal 'OJogo'.

"Já me comecei a movimentar em Lisboa para que seja uma candidatura séria e para todos os sportinguistas", completou, esta sexta-feira, agora ao jornal ABola.

O empresário e antigo atleta, Dionísio Castro, é o segundo sportinguista a assumir uma candidatura à presidência do Sporting, caso haja eleições. Também na quinta-feira, Frederico Varandas, deixou o pelouro do departamento médico do clube, em rota de colisão com Bruno de Carvalho. Varandas diz-se pronto para avançar com uma candidatura, caso o Sporting opte por ir a eleições.

Esta quinta-feira, os órgãos demissionários da Mesa da Assembleia-Geral e do Conselho Fiscal estiveram em reunião com a direção do clube, presidido por Bruno de Carvalho. No final da reunião, Jaime Marta Soares, presidente da MAG, disse aos jornalistas que o órgão tinha decidido avançar para uma Assembleia-Geral de destituição de Bruno de Carvalho à frente da presidência do Sporting, para 23 de junho.

Na passada segunda-feira tinha ficado decidido que hoje será colocado "preto no branco" o futuro de Bruno de Carvalho, que tinha garantido não ter a intenção de se demitir, motivo pelo qual Jaime Marta Soares frisou que esta era "uma reunião de decisões".

A decisão de Jaime Marta Soares foi contestada por Bruno de Carvalho. O presidente do Sporting considerou, esta quinta-feira, que a marcação de uma assembleia geral de destituição, era uma "bomba atómica". O líder leonino sublinhou que processo "está cheio de irregularidades" e que este ato irá colocar em risco compromissos a curto prazo do Sporting, e que o mesmo não teve em conta os superiores interesses do clube.

Este é mais um episódio da crise 'leonina', que teve o seu foco inicial em 15 de maio, dia em que cerca de 40 alegados adeptos encapuzados invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns jogadores e elementos da equipa técnica.

A GNR deteve 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva depois de terem sido ouvidos no tribunal de instrução criminal do Barreiro.

Paralelamente, no âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o ‘team manager’ do clube, André Geraldes.

Na sequência destes acontecimentos, os elementos da Mesa da Assembleia Geral, a maioria dos membros do Conselho Fiscal e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.