Numa extensa entrevista ao jornal O Jogo, Sérgio Conceição analisou a época do FC Porto e admitiu que é adepto de um estilo de jogo que privilegie o "impacto físico".

"Acredito muito no futebol que tenha impacto físico no jogo. Gosto de uma equipa agressiva e acho que o futebol moderno tem que ver com essa intensidade e agressividade de jogo, com jogadores que tenham capacidade de ganhar mais vezes os duelos do que os perder", afirmou o técnico portista.

Sérgio Conceição admitiu ainda que é um treinador exigente - "Se vejo uma assinatura diferente, já penso que o jogador está desleixado" - e que isso refletiu-se na sua relação com quem trabalha no clube.

"Tive problemas e não foi só com os jogadores. Limitei os telefones no corredor e às vezes apanhava pessoal que trabalha no Centro de Treinos com o telemóvel. Se limito os jogadores a esse ponto, as outras pessoas não têm de fazer isso (...) Não me importo de ir à procura de problemas quando depois o resultado é este, ganhar. Aconteceu com os jogadores e com quem trabalha aqui (...) Fiquei chocado qaundo cheguei a um clube e o capitão, que trabalhava há três meses com um jogador, não sabia que ele tinha um filho. Acho a conversa extremamente importante. E 20/30 minutos antes do treino não tem de haver telemóveis, tem de haver a conversa que não tem nada a ver com futebol. Quero que partilhem, que se conheçam", referiu.

O treinador portista pronunciou-se sobre a saída de Ricardo Pereira para o Leicester City e sobre as opções à sua disposição na lateral direita: "Fico descansado se ficar com o Dalot e o Maxi. Mas é preciso que fique com eles."