Depois da derrota em Vila do Conde, o FC Porto visita Barcelos este sábado para defrontar o Gil Vicente. Na antevisão à partida, Sérgio Conceição revelou como foi a semana da equipa, no seguimento do desaire com o Rio Ave, e voltou a falar da questão do tempo útil de jogo.
Jogo com o Gil Vicente: "Esperamos um jogo à imagem do que tivemos fora até agora, jogo difícil, contra equipa bem organizada, com competição em cima, esteve na Conference League, isso dá sempre mais ritmo, olhar para o que é um treinador experiente, com mais de 150 jogos na Liga e uma equipa que fez um campeonato excelente no ano passado. Espera-nos obviamente um jogo competitivo, como são sempre as deslocações a Barcelos. Cabe-nos fazer o que não fizemos no último jogo e ganhar os três pontos."
Balanço do mercado: "No período de mercado nós, treinadores, queremos sempre mais. O que tenho de fazer enquanto empregado do clube é treinar os jogadores que tenho à disposição, mas confio nos meus jogadores e estou plenamente consciente de que estaremos à altura do clube. É fazer o máximo dentro do possível."
Derrota em Vila do Conde: "Há duas ou três situações que temos de olhar para elas. A derrota em Vila do Conde não teve a ver com qualidade individual ou coletiva da equipa, acho que somos das equipas mas fortes em Portugal. Tem que ver com abordagem ao jogo, atitude falada da parte de toda a gente: foi uma primeira parte má. Disse na flash, logo a seguir ao jogo, falei no tempo útil de jogo. Fui massacrado esta semana e acho alguma piada a quem mete as garras de fora rapidamente para extrair algo que interessa no meu discurso. Assumi a culpa e dos meus jogadores da primeira parte que fizemos. Tivemos ocasiões para ganhar o jogo. Mas o Rio Ave mereceu ganhar o jogo."
Tempo útil de jogo: "Depois falei no futebol português em geral, somos o 31.º país em tempo útil de jogo. Não temos de ficar contentes com isso. Somos o penúltimo da Europa, salvo erro. A sensação que tinha dentro de campo, e eu estive a viver o jogo dentro de campo, senti as paragens, o ritmo da equipa a querer ir atrás da diferença no marcador... a sensação que tive no final foi que voltámos ao que era. Fui ver o jogo e dou dois exemplos. Dos 50 aos 60 minutos não se jogaram seis minutos. E dos 70 aos 80, jogaram-se cinco. Só aí são 11 minutos, sem contar com as substituições e outras situações normais que acontecem durante o jogo. Depois no final da semana sou completamente massacrado. Não faz sentido. Não contem comigo em nenhuma reunião da Liga para promover o bom futebol e todo esse romantismo que para mim não existe e é uma hipocrisia."
Impacto da derrota com o Rio Ave na preparação para este jogo: "Nunca é fácil trabalhar em cima de uma derrota. Há formas de perder e esta em Vila do Conde foi, para mim, a mais pesada. Pelo que foi a prestação da equipa, principalmente na primeira parte. Ganhando, sou sempre exigente no trabalho diário. A vitória é o mínimo que exigimos, tem que haver a vitórias e outras coisas no treino e no jogo. Mas foi uma semana que começou de forma difícil. Já quando ganho, e podíamos ter goleado o Rio Ave, não venho para aqui fazer o pino depois de vitórias e títulos. Há seriedade máxima no trabalho. Quando perdemos... E em cinco anos temos 12 ou 13 derrotas na Liga, é uma média muito boa. Esta foi a derrota que mais me custou. Pela forma como perdemos. E isso foi abordado com os jogadores de forma muito frontal, olhos nos olhos. Dizem que eu critico os jogadores em público e não digo nomes. Mas no balneário os nomes são ditos de forma muito honesta. Podem contar com um FC Porto fortíssimo para o resto do campeonato."
Gil Vicente: "Não vai fugir muito do 4x3x3... Analisámos todos os momentos do jogo. É uma equipa capaz no processo ofensivo. Apenas podemos controlar o que podemos fazer."
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