Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, fez a antevisão da partida deste sábado, com o Tondela, da 9.ª jornada da I Liga, agendada para as 20h00 deste sábado, no Estádio do Dragão e o técnico confessou que não espera facilidades, apesar do registo defensivo do adversário, antes de esclarecer melhor algumas declarações sobre disparidades de orçamentos que proferiu no final do jogo com o City, a meio da semana.

Jogo frente a um Tondela que apresenta fragilidades defensivas

"Vamos ter de ser uma equipa forte para ganhar ao Tondela. É uma das equipas que marca menos golos, mas uma das que mais bolas nos ferros acerta. Espero que continuem a ter pouca sorte nesse aspeto. O Tondela é uma equipa que gosta de jogar, uma equipa positiva, e vamos ter de ser uma boa equipa para ganhar amanhã".

Cada equipa tem a sua dinâmica e temos de nos preparar em função disso mesmo. A dinâmica muda consoante as características dos laterais e dos centrais. Nesse sentido, acho que cada equipa é diferente e dentro das equipas é importante perceber o onze e como as individualidades vão influenciar a dinâmica. Vamos apanhar um Tondela que, penso, terá dois laterais ofensivos. Vamos ver. "

Terceiro jogo em oito dias implica mexidas?

"Temos de olhar para o desgaste dos jogadores. É uma gestão que não é feita em função do adversário, mas em função do momento dos jogadores, da sua forma e da estratégia que queremos aplicar no encontro. Com a nossa experiência e com o que vamos analisando diariamente, percebemos quem poderá estar em risco de se lesionar. Foi, por exemplo, o que aconteceu com o Luis Diáz frente ao City e é o que está a acontecer com o Corona, que está convocado, mas não sei ainda se vai poder jogar. Hoje não treinou."

Orçamento superior ao Tondela obriga a conquistar os três pontos?

"Não sei como vão interpretar as minhas palavras, mas parece que o melhor passatempo das pessoas é interpretar mal as palavras do Conceição. Quando falo de ganhar por 4-3 ou 1-0 o que é que prefiro? 1-0. Porque é uma boa missão defensiva. O City normalmente tem uma média de 6 faltas por jogo, connosco teve o dobro. Já tive em equipas mais pequenas em que defrontei equipas com orçamentos 30 vezes maiores, fui um treinador que deu importância à missão defensiva. Isso não quer dizer que dentro dessa estratégia provocasse anti-jogo.

Nunca critiquei um colega meu por vir jogar com dez jogadores atrás da linha da bola, em cima da grande área. Se alguém encontrar uma declaração em que eu tenha dito isso pago-lhe 1 milhão de euros. As minhas críticas nunca são sobre se uma equipa joga mais ou menos à defesa, mas sim pelo anti-jogo.

Se disse o que disse sobre orçamentos depois do jogo com o City foi porque senti que estavam a apontar o dedo à minha estratégia. Eu nunca critiquei um colega por isso, podem ter a certeza."