O treinador português de futebol Sérgio Conceição, que hoje renovou por três épocas, até 2024, garantiu que "mais importante do que as vitórias diárias, são os títulos que o FC Porto vai ganhar".
O treinador do FC Porto prometeu, na cerimónia de renovação do contrato, continuar a dar ao clube portista o mesmo que deu até hoje, tendo sempre em mente que o principal objetivo é "o sucesso do FC Porto", e não escondeu que uma das suas motivações "é voltar a ter adeptos nos estádios".
"Uma das minhas motivações é voltar a ter aqui os adeptos nos estádios. Tenho uma grande vontade de estar com os adeptos, porque também me sinto um deles. Não me tira discernimento do trabalho, mas dá-me algo mais”, disse Sérgio Conceição.
Manifestando um “orgulho enorme” por estar na cerimónia “com o presidente”, não só pelo que já fizeram, mas pelo que querem “fazer no futuro”, o técnico apontou aos títulos: “Importante são os títulos que queremos e vamos ganhar”.
“Muitas vezes, não é fácil lidar comigo, acredito que sim, mas, no meu horizonte, está sempre uma coisa essencial, o sucesso do FC Porto em termos profissionais”, frisou o técnico que lidera os ‘dragões’ desde 2017/18, adiantando que vai continuar a ser o mesmo que foi até aqui.
Relativamente ao contrato, Sérgio Conceição garantiu que nunca foi tão simples chegar a acordo, admitindo também que não fez qualquer tipo de exigência, sendo que há “coisas muito mais importantes do que o dinheiro e o contrato”.
"Eu não exijo nada, sou exigente por natureza. Porque estou num clube exigente, com o presidente mais titulado do Mundo, com muitos títulos nacionais, sete títulos internacionais que honram a nação portista e Portugal. Fomos, em muitas situações, o estandarte lá fora”, frisou.
De acordo com o técnico, o FC Porto obriga-o a “ser melhor todos os dias”, uma vez que “ambição” passa por manter os ‘dragões’ como um “clube vencedor”.
Sérgio Conceição também não esqueceu a família nos seus agradecimentos e garantiu que o sentimento dos verdadeiros portistas o deixa ainda mais forte.
"Queria agradecer à minha família. Não tem sido fácil a pressão que tem existido. Está orgulhosa, naturalmente, porque me amam, tal como eu os amo, mas também porque são portistas. A cada dia que passa e a cada comentário que se faz, seja na imprensa falada, escrita, ficamos mais fortes”, afirmou.
Sérgio Conceição manteve a linha do discurso: “Vivemos disso, somos um povo, e falo do Norte, que vive desse trabalho, dedicação permanente. Odiados por muitos, mas mais fortes com os verdadeiros portistas”.
O treinador da equipa ‘azul e branca' garantiu que ainda não discutiu qualquer questão relativamente ao plantel, mantendo a tónica no ‘ruído’ exterior.
"Ainda não falámos do plantel. É natural que alimentem alguns rumores e que convenha a algumas pessoas criar mais confusão sobre essas tais exigências. Ainda não falamos de nada, pensamos, sim, naquilo que é o planeamento da próxima época”, explicou.
Questionado sobre a saída de Marega, avançado maliano que reforçou o Al-Hilal, da Arábia Saudita, Sérgio Conceição deixou elogios ao jogador e admitiu mais saídas.
"Saiu o Marega e certamente sairá mais um ou outro, é inevitável. O Marega não jogava porque era alto ou simpático, até porque não era simpático, mas porque tinha qualidade dentro do que era a nossa forma de jogar. Haverá outros Maregas que jogam de forma diferente e vão encaixar na nossa equipa", disse.
Segundo Sérgio Conceição, falou-se de “outras coisas importantes”, de forma a ser criada “uma base” para o “sucesso”.
“Passou-se a imagem que o Sérgio quer tudo, exige tudo. Houve conversas sobre futebol, sobre outras situações que nos podem deixar mais próximos das vitórias. Não houve ninguém que estivesse a exigir algo que não fosse o normal num clube vencedor", completou.
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