O presidente do Rio Ave, António Silva Campos, reconheceu hoje que o alargamento da Liga de futebol para 18 clubes, proposto por Mário Figueiredo, é benéfico para os emblemas que lutam pela permanência.
No entanto, o dirigente vila-condense negou ter recebido qualquer contacto do recém-eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a prometer que nenhum clube da Liga principal iria, esta época, descer de divisão.
Em declarações à agência Lusa, António Silva Campos salientou que Mário Figueiredo «não poderia prometer tal coisa», uma vez que é uma decisão que tem ser tomada em Assembleia-Geral (AG).
«A mim nunca me disse nada disso. O que estava no seu programa eleitoral é que iria propor essa medida em AG», disse o líder do Rio Ave, completando:
«Ele não podia prometer tal coisa porque não depende só dele. É uma decisão que tem ser tomada em AG, com todos os presidentes dos clubes.»
Ainda assim, António Silva Campos confessou que o alargamento da Liga para 18 equipas agrada ao emblema vila-condense.
«Como presidente do Rio Ave, claro que concordo com uma Liga com 18 clubes. Seria benéfico para nós, porque os nossos objetivos passam sempre pela manutenção», afirmou o dirigente, garantindo o apoio à medida apresentada por Mário Figueiredo.
Quanto ao modelo para apurar quais os 18 clubes que ficarão na Liga, caso a medida venha a ser aprovada, o dirigente vila-condense frisou:
«Para mim e defendendo os interesses do Rio Ave mantinham-se os 16 clubes da Liga e subiam dois da Liga de Honra.»
O jornal Expresso avança hoje que Mário Figueiredo, na quinta-feira, dia das eleições para a LPFP, «pela fresca», telefonou a vários clubes da Liga e da Honra a garantir que a repartição das receitas televisivas seria mais justa e que «ninguém iria descer» com o alargamento do campeonato principal para 18 clubes e o segundo escalão para 22.
Contactado pela Lusa, também o presidente do Atlético, Almeida Antunes, negou a existência de «qualquer telefonema, nem no dia das eleições, nem nos que lhe antecederam»:
«A mim não me ligou, pode ter uma proposta ou uma intenção, mas não falámos nesse período.»
«Não vou dizer que nunca conversámos sobre isso, até porque esse é um assunto que se vem debatendo há muito. Primeiro, há que apresentar uma proposta à AG da FPF para que possam subir três clubes em vez dos atuais dois. Só depois disso é que se pode falar no aumento do número de clubes da Liga de Honra», concluiu o presidente do Atlético.
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