A SAD do Sporting considerou hoje, em comunicado, que a escolha de Luís Duque para candidato à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) demonstra o desnorte de alguns dos intervenientes.

“Os nomes vindos a publico nas últimas semanas, afetos ao universo ‘leonino’, como possibilidades para presidirem à LPFP e o nome que se veio a confirmar hoje demonstram bem o estado do futebol português e o desnorte de alguns dos seus intervenientes”, lê-se num comunicado dos “leões”.

No mesmo documento, o clube lisboeta considera que “uma candidatura nunca poderia ser consensual, sendo personificada por alguém que é alvo de três ações de responsabilidade civil por atos de gestão danosa de um clube associado da Liga e que conta, ainda, no seu historial, com outros processos”.

Luís Duque, antigo administrador da SAD do Sporting, foi processado pelo clube, assim como como o ex-presidente Godinho Lopes e Carlos Freitas, antigo dirigente, por alegados danos causados nas contratações de Jeffren e Rodriguez e na renovação com Izmailov.

A Sporting SAD relembrou que apresentou propostas para a “regeneração do futebol português”, que, “se implementadas, permitiriam a melhoria do futebol nacional”.

“Pese as propostas apresentadas serem suscetíveis de serem discutidas e melhoradas, verifica-se que alguns clubes continuam preocupados apenas com jogos de influência, em colocar as suas peças no tabuleiro de um jogo opaco, com o qual o Sporting não se identifica, e onde não participa”, afirmou.

O Sporting revela ainda que “não se fez representar na reunião de hoje da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) nem justificou a sua ausência, à semelhança de outros clubes”.

“Este é mais um triste episódio do estado a que chegou o futebol Português, pelo que o anunciado hoje em nada nos surpreende – é apenas a continuação da política do vale tudo que alguns persistem em seguir e manter, impedindo a urgente e necessária regeneração do futebol nacional”, refere o comunicado.

Os “leões” garantem ainda a “indisponibilidade para participar no órgão de Direção da Liga”, enquanto “a verdadeira mudança estruturante” que ambiciona, para o futebol português não for posta em prática, criticando ainda a alteração estatutária que lhes foi apresentada e recordando que já apresentaram uma nova proposta.

Vinte e sete clubes da I e II Ligas, que se reuniram em Coimbra, decidiram hoje por unanimidade escolher Luís Duque para a presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.