O jornal desportivo 'O Jogo' avança esta terça-feira que as razões que motivaram o ataque à Academia de Alcochete estão relacionados com as finanças do clube. Bruno de Carvalho terá pensado no ataque como uma estratégia para tornar o ambiente em Alvalade tóxico, de forma a facilitar a transação de jogadores.
Um investimento sem resultados terá levado Bruno de Carvalho a recear uma crise financeira no Sporting e assim decidido que a via mais fácil seria fazer com que os jogadores quisessem sair do clube a todo o custo, ilibando o presidente das respetivas vendas.
Com 'a corda aos pescoço' e a mãos com problemas financeiros, Bruno de Carvalho precisava de vender três jogadores para estabilizar as contas do clube. Nessa altura, o clima entre o presidente e os jogadores já era de bastante tensão e para não piorar a situação aos olhos dos adeptos sportinguistas, Bruno de Carvalho preferiu forçar os jogadores a sair.
O ataque à Academia de Alcochete deveria portanto servia para aumentar o clima de instabilidade e forçar os jogadores com mercado a procurar uma saída. No entanto, a invasão terá ficado fora de controlo, o que levou à rescisão unilateral de nove jogadores alegando justa causa.
O Ministério Público acredita que Bruno de Carvalho se terá reunido com a claque Juventude Leonina exatamente para incitar à revolta dos adeptos, que assim estariam encarregues de 'apertar' os jogadores. Mas, as agressões só vieram piorar uma situação que já não era boa e a estratégia de Bruno de Carvalho acabou por 'cair por terra'.
O ataque
Recorde-se que em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.
No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.
Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.
Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.
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