Esta quarta-feira é o último dia para os clubes fazerem as compras de ‘última hora’. Até às 23h59, o mercado está aberto. Depois desta hora, reforços só em janeiro.

Mesmo que Benfica e FC Porto ainda fechem algum contrato, pertence ao Sporting o maior número de contratações. A direção leonina, agora presidida por Godinho Lopes, nunca escondeu que era necessária uma revolução no plantel. Domingos Paciência foi a contratação mais sonante e, sem dúvida, a mais importante.

Muitos foram os nomes apontados, com Alex Silva e Bôbo à cabeça por serem ‘trunfos’ da campanha de Março, mas os leões foram surpreendendo com nomes que a imprensa só conheceu no ato da apresentação e minutos antes da hora escolhida para revelar o reforço. Luís Duque e Carlos Freitas foram apostando na juventude e ‘pescaram’ em vários mercados: América do Sul, Espanha, Holanda, Estados Unidos da América e Bulgária. Terminando, desta forma, com a estratégia de aposta maioritariamente nos jogadores portugueses e da formação sportinguista.

No total, e até ao momento, foram 16 os jogadores que chegaram a Alvalade, mais sete que na época transata. Apesar disso, Paciência continua a colocar nos onze iniciais, 9 jogadores da época anterior, deixando os reforços no banco.

O Benfica foi o clube que mais jogadores acumulou na pré-época, mas Jorge Jesus acabou por reduzir para 12, o dobro da temporada passada. A revolução deu-se, sem dúvida, na baliza. Roberto saiu, mas antes do espanhol abandonar as redes encarnadas já o Benfica tinha contratado Artur Moraes (SC Braga) e Mika (União de Leiria) e conseguia Eduardo por empréstimo do Génova. Das contratações do ano passado, apenas Nico Gáitan e Jardel se mantém nas escolhas do técnico.

O FC Porto viu-se privado de duas das suas ‘galinhas dos ovos de ouro’: André Villas-Boas e Falcao. O primeiro saiu para o Chelsea por 15 milhões de euros (a mais cara transferência de sempre de um técnico), o segundo, há duas semanas, para o Atlético de Madrid. Apanhado de surpresa, Pinto da Costa deu um voto de confiança ao técnico-adjunto, Vítor Pereira, que já amealhou a Supertaça Cândido de Oliveira. Para o lugar de Falcao, os dragões apostaram em Kléber mas o avançado ainda não mostrou estar à altura de Falcao.

Em termos de jogadores novos, o FC Porto foi dos três grandes o mais contido, mantendo a espinha dorsal de uma equipa a quem só escapou a Taça da Liga – venceu campeonato, Liga Europa e Taça de Portugal.

Foram oito os reforços, os mesmos da temporada passada. Conseguiu Kléber, do Marítimo, com Danilo a ser a contratação mais sonante. No entanto, ainda esta terça-feira o argentino Funes Mori era apontado ao Dragão e até às 23h59 de hoje tanto podem chegar, como sair.

No cômputo geral, FC Porto foi quem mais gastou e o Benfica foi o mais ‘poupado’.