O FC Porto, moralizado com os 18 triunfos consecutivos nas várias competições, desloca-se no sábado a Alvalade com a perspetiva de poder vencer e deixar o Sporting praticamente afastado da corrida ao título na I Liga de futebol.
Acabado de igualar, frente ao Nacional, a melhor sequência de sempre de uma equipa portuguesa na mesma temporada - recorde que pertencia a Jorge Jesus, estabelecido no Benfica em 2010/11 -, o campeão português perdeu apenas dois jogos em 14 jornadas, contando cinco pontos de avanço para o Sporting de Braga (segundo), sete para o Benfica (terceiro) e oito para o Sporting (quarto).
A série de vitórias seguiu-se à derrota sofrida, em 7 de outubro, em casa do Benfica por 1-0, já depois do desaire caseiro (3-2)frente ao Vitória de Guimarães, tendo o treinador Sérgio Conceição afirmado na ocasião que essa seria a última derrota da época na Liga: iniciou no desafio seguinte este percurso de 18 êxitos, oito dos quais para o campeonato.
Apesar da liderança confortável, esta época os 'azuis e brancos' ainda não mostraram a consistência exibicional da temporada passada, o que ajuda a explicar os sete sucessos pela margem mínima, como anfitrião do Tondela (1-0), Sporting de Braga (1-0) e Rio Ave (2-1) e fora com o Belenenses (3-2), Boavista (1-0), Santa Clara (2-1) e Desportivo das Aves (1-0).
Goleadas somente uma, os 5-0 na estreia ao Desportivo de Chaves, enquanto foram folgados os êxitos 3-0 com o Moreirense e 4-1 com o Portimonense.
Mesmo com um futebol vincadamente ofensivo, Sérgio Conceição privilegia a segurança na defesa, sendo esta a menos batida do campeonato, com apenas 10 tentos consentidos, face aos 16 de Sporting de Braga e Belenenses: tem ainda o segundo ataque mais produtivo, com 34 golos, menos um do que o Benfica, destacando-se Marega com sete, ainda assim, somente o sexto melhor marcador da prova.
Mesmo recuperando o título de campeão que lhe fugia há quatro épocas, sempre para o Benfica, Sérgio Conceição não viu reforçado o plantel, antes vendo uma ou outra lacuna colmatada.
Éder Militão foi o único a entrar no 'onze' habitual, substituindo e fazendo esquecer o 'intocável' Marcano.
O promissor Diogo Dalot deixou fragilizada a lateral-direita - a alternativa a Maxi Pereira tem sido recuar Corona - e a grave lesão de Aboubakar, que em setembro sofreu uma rotura de ligamento do joelho esquerdo, deixaram este 'dragão' com menos 'poder de fogo' do que no ano do título.
Os tropeções registaram-se à terceira e sétima jornadas, sendo que o primeiro foi bem inesperado: a vencer em casa os vitorianos por 2-0, os portistas deixaram-se surpreender e 'permitiram' a reviravolta.
Depois, na Luz, foi uma sombra daquela que em 2017/18 praticamente assegurou o cetro com golo tardio de Herrera em ambiente adverso: o suíço Seferovic desequilibrou a favor do eterno rival, no único golo da partida.
Seja qual for o resultado em Alvalade, o FC Porto sabe que regressará da capital como líder isolado.
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