O Sporting entrou para a história da I Liga portuguesa de futebol por várias razões, uma das quais por igualar os campeões que acabaram a prova com menos jogos com mais do que dois golos marcados.

Até selar o título a formação de Rúben Amorim apenas ultrapassou essa ‘barreira’ na receção a Gil Vicente (3-1, em encontro em atraso da primeira ronda disputada após a quinta) e Tondela (4-0, à sexta) e em Guimarães (4-0, à sétima).

Depois desse início frenético, o Sporting nunca ultrapassou os dois tentos da oitava até à 32.ª jornada, na qual selou o título, 19 anos depois, com uma vitória por 1-0 na receção ao Boavista, selada pelo reforço de inverno Paulinho.

Nesse trajeto, o Sporting ficou uma vez a zero, marcou um golo em 10 ocasiões e dois em 14.

Já campeão, o conjunto de Rúben Amorim ‘soltou-se’ e marcou três golos na Luz, insuficientes, ainda assim, para evitar a única derrota na prova (3-4 com o Benfica), e cinco, um máximo, na receção ao Marítimo (5-1), com um ‘hat-trick’ de Pedro Gonçalves, que se sagrou melhor marcador, com 23.

No total, os ‘leões’ só não marcaram uma vez, na deslocação ao reduto do FC Porto, ficando-se por um tento 10 vezes e chegando 18 vezes aos dois, fasquia que apenas ultrapassaram cinco vezes, marcando duas vezes três golos, duas quatro e uma cinco.

O Sporting igualou, assim, o recorde absoluto da história do campeonato, pois, até agora, e incluindo mesmo as edições com 14 jornadas, os ‘piores’ campeões tinham também registado apenas cinco encontros com mais de dois golos.

Os comandados de Rúben Amorim ficam agora a partilhar o registo com as versões 1986/87 (30 jornadas) e 1988/89 (38) do Benfica e com o Sporting de 1999/2000 (34), que também só conseguiram superar os dois tentos em cinco ocasiões.

Nas anteriores seis temporadas, as últimas disputadas a 18 clubes, o mínimo tinha sido estabelecido pelo FC Porto, que, na época passada, ultrapassou, ainda assim, 12 vezes os dois golos – em 2018/19, o Benfica chegou às 19 e aos 103 tentos.

O recorde da história do campeonato em termos de jogos com mais de dois tentos pertence ao Sporting, que, em 1948/49, o conseguiu em 19 ocasiões, num total de 26 rondas.

Os comandados de Rúben Amorim acabaram com 65 golos, apenas o terceiro melhor ataque, a quatro do Benfica e nove do FC Porto, e o pior registo de um campeão desde 2013/14, quando o Benfica, de Jorge Jesus, só apontou 58, mas em apenas 30 jornadas.

Em edições com 34 rondas, é preciso recuar a 2005/06, época em que os ‘azuis e brancos’, do holandês Co Adriaanse, apontaram apenas 54 tentos, sendo, ainda assim, o melhor ataque da competição, à frente de Benfica (51) e Sporting (50).

Os ‘leões’ ainda melhoraram, mesmo assim, o seu registo da época passada, em que se tinham ficado pelos 49 tentos, batidos por FC Porto (74), Benfica (71), Sporting de Braga (61) e Famalicão e Vitória de Guimarães (ambos com 53).