O Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) repudiou hoje os incidentes ocorridos na terça-feira na Academia do Sporting, em Alcochete, e exigiu da justiça “um castigo exemplar” para os autores morais das agressões.
Em comunicado, o Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED), uma iniciativa governamental sedeada no IPDJ, considera os incidentes que causaram ferimentos em vários jogadores do Sporting “o mais lamentável acontecimento algum dia ocorrido, no futebol português e no desporto nacionais”.
O gabinete de coordenação do PNED “exige da justiça um castigo exemplar aos autores morais das agressões e aos seus serventuários, os criminosos que as executaram, ou seja, ao conluio maquiavélico que levou a cabo um ato de tamanha gravidade”.
Garantindo que não quer “condenar ninguém na praça pública” o organismo entende que “o que se passou na Academia de Alcochete precisa com urgência, não de uma revolução política ou económica ou até cultural. Precisa, acima do mais, de uma revolução moral”.
O PNED é um conjunto de iniciativas estruturadas e planificadas, que visam divulgar e promover a vivência dos valores éticos inerentes à prática desportiva como a verdade, o respeito, a responsabilidade, a amizade, a cooperação, entre muitos outros.
Na terça-feira, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic e membros da equipa técnica.
A equipa principal do Sporting cumpria o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal, no domingo, frente ao Desportivo das Aves (17:15).
Na sequência do ataque, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.
O Governo já repudiou os incidentes na Academia do Sporting, em Alcochete, que considerou atos de vandalismo e criminosos e o próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se "vexado porque Portugal é uma potência, nomeadamente no futebol profissional, e vexado pela gravidade do que aconteceu”
Comentários