O primeiro ano à frente da presidência do Sporting de Frederico Varandas ficou marcado pelas conquistas das taças nacionais de futebol e pela recente saída da sua aposta para treinador principal, o holandês Marcel Keizer.

Além da saída do técnico praticamente no arranque desta temporada devido aos fracos resultados, outros dois marcos assinalam a presidência de Varandas: o resistir à venda da 'jóia da coroa' Bruno Fernandes e a poupança salarial com a venda de alguns ativos.

Antigo responsável pelo departamento médico ‘leonino’, de 39 anos, Varandas foi eleito em 09 de setembro de 2018, recebendo 42,32% dos votos (8.717 votantes), e tornou-se no 43.º presidente do Sporting.

A sua primeira ação impactante no futebol sénior foi o despedir, em novembro, o treinador da altura, José Peseiro, contratado por Sousa Cintra no período em que fez a transição da saída de Bruno de Carvalho e a entrada de Frederico Varandas.

Keizer, sem grande currículo e um ‘desconhecido’ em Portugal, assumiu o comando técnico e, nos cerca de 10 meses que comandou a equipa, conquistou a Taça da Liga e a Taça de Portugal, em janeiro e maio, respetivamente, ambas em finais ganhas nas grandes penalidades diante do FC Porto.

A pesada derrota na Supertaça (5-0 com o Benfica) e o desaire na receção ao Rio Ave na última jornada (3-2) fragilizaram o holandês, que acabou por sair “por mútuo acordo”, ocupando o seu lugar de forma interina o português Leonel Pontes. Este ‘pega’ no Sporting no quinto lugar da I Liga, com sete pontos, menos três do que o líder Famalicão, após quatro jornadas.

O último defeso ficou mainda marcado pela 'novela' em redor de Bruno Fernandes, um dos jogadores que rescindiu o contrato na sequência dos incidentes de Alcochete q eu voltou atrás, tendo se tornado no elemento preponderante da equipa 'verde e branca'.

Apesar de ainda ter recebido uma proposta do Tottenham, o clube inglês não chegou aos 70 milhões de euros exigidos por Varandas, pelo que o médio vai se manter em Alvalade.

Embora no seu contrato esteja explícito que qualquer proposta acima dos 35 milhões de euros obrigava o Sporting a pagar cerca de cinco milhões de euros, Frederico Varandas fez saber que o mesmo vai ser revisto, por entender que o médio “merece”.

Entretanto, com dívidas na ordem dos 100 milhões de euros, o Sporting viu-se obrigado a efetuar uma reestruturação financeira com um empréstimo obrigacionista junto dos bancos (um processo por finalizar) e securitizar ainda o contrato com a NOS.

Não entraram milhões nos cofres ‘leoninos’ com a venda do seu melhor jogador e Frederico Varandas não teve outra solução se não ‘arrumar a casa’ e poupar em vencimentos do plantel, ação que já tinha iniciado em janeiro, com as saídas a custo zero de jogadores como Nani e Fredy Montero.

Agora foi a vez de sair o holandês Bas Dost, o mais bem pago da equipa, e outro atleta que tinha rescindiu na sequência do ataque ao centro de treinos e acabou por regressar.

Ao ponta de lança, vendido ao Eintracht Frankfurt por sete milhões de euros e naquele que foi o “negócio possível”, segundo Varandas, juntaram-se alguns casos ‘pesados’ no orçamento, como as rescisões de Petrovic, André Pinto e Jefferson e os empréstimos de Alan Ruiz e Diaby.

As surpreendentes vendas de Thierry Correia, ao Valência, por 12 milhões de euros, de Raphinha, ao Rennes, por 21, e o acordo, finalmente, alcançado com o Olympiacos, pela transferência de Daniel Podence, no valor de sete, ajudaram a melhorar a situação financeira do clube, mesmo que continue a “não ser ideal”, no ponto de vista do líder ‘leonino’.

No que às principais modalidades diz respeito, os ‘leões’ fizeram uma campanha aquém nas competições internas, mas venceram pela primeira vez a Liga dos Campeões de futsal, depois de finais perdidas em 2011, 2017 e 2018, e também a de hóquei em patins, 42 anos depois. O basquetebol é uma modalidade que regressa ao clube para a temporada 2019/2020.

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