A Sporting SAD vai propor o adiamento de seis meses do reembolso aos obrigacionistas, em assembleia-geral (AG) de obrigacionistas, a realizar em 04 maio, segundo a convocatória hoje enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nesta proposta, a SAD ‘leonina’ dá conta da intenção de “modificar os termos e condições das obrigações” denominadas ‘Sporting SAD 2015-2018’, nomeadamente a “data de reembolso de 25 de maio de 2018 para 26 de novembro de 2018”.
Segundo a mesma fonte, este adiamento prende-se com a “intenção” de realizar o reembolso destas obrigações “com os fundos obtidos no âmbito de uma nova oferta pública de subscrição de obrigações, no valor de 30 milhões de euros, cuja emissão deverá ter lugar no último trimestre de 2018”.
A SAD do Sporting recorda que as anteriores emissões obrigacionistas foram sempre realizadas em novembro, à exceção das ocorridas em maio de 2015, realizadas no âmbito da reestruturação financeira do grupo Sporting em 2014, assegurando a manutenção dos restantes termos e condições, nomeadamente quanto ao pagamento de juros, acrescendo, com o adiamento, mais um semestre para o reembolso.
Esta emissão obrigacionista ocorreu entre 07 e 20 de maio de 2015, perfazendo até seis milhões de obrigações até 30 milhões de euros (ME), com um valor nominal de cinco euros, a taxa de juro de 6,25%.
A AG de obrigacionistas foi convocada para 04 de maio, pelas 18:00, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, ficando agendada nova reunião, em caso de falta de quórum, para 20 de maio, à mesma hora e no mesmo local.
Na terça-feira, a Sporting SAD tinha solicitado a convocação de AG de acionistas e obrigacionistas, admitindo que as recentes polémicas no clube prejudicaram a emissão obrigacionista de 30 ME.
Críticas do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, à equipa de futebol após a derrota com o Atlético de Madrid (2-0), na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, motivaram uma reação do plantel e a abertura de duas dezenas de processos disciplinares, que, entretanto, foram retirados pela administração da SAD ‘leonina’.
O sucedido deu também lugar a uma crise institucional, depois de o presidente da Mesa da AG do clube, Jaime Marta Soares, ter afirmado que Bruno de Carvalho não tinha condições para continuar, antes de a Holdimo, maior acionista externo da SAD, ter solicitado uma AG para debater a situação interna.
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