Em comunicado assinado pelos presidentes do clube e da SAD, o Santa Clara revela que a recém-criada equipa de sub-23 vai jogar no estádio João Paulo II, em Angra do Heroísmo, já no jogo frente ao Estoril Praia, marcado para 24 de outubro.
“Esta é a decisão tomada face à impossibilidade de acordo com o poder local. Este é um passo que incrementará naturalmente a despesa com deslocações e estadia do referido plantel”, justifica o clube.
O Santa Clara lembra que assumiu investimentos na requalificação do Complexo Desportivo das Laranjeiras, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, onde a formação de sub-23 realizou, até aqui, os respetivos jogos.
“Levámos a cabo investimentos no Complexo Desportivo das Laranjeiras, dos quais não poderemos agora usufruir em exclusivo, conforme havia sido acordado anteriormente”, lê-se no comunicado.
O conjunto açoriano destaca, contudo, os “aspetos positivos” da mudança de ilha, como a possibilidade de estar “mais perto de uma significativa franja dos sócios” e o “estímulo económico” que a presença dos sub-23 vai garantir à Terceira.
A administração do Santa Clara realça que “sempre apoiou o futebol na Terceira” e agradece a disponibilidade Associação de Futebol de Angra do Heroísmo.
“Só podemos, de resto, pressupor o regozijo do diretor regional do Desporto dos Açores, Luís Castro Couto, que desde cedo mostrou – inclusive com manifestações públicas – a sua escassa (ou inexistente) vontade de tornar possível a utilização do Complexo Desportivo das Laranjeiras”, critica emblema insular.
O Complexo Desportivo das Laranjeiras, localizado em Ponta Delgada, pertence à região e serve como campo de treino da equipa principal do Santa Clara. O espaço recebe ainda as aulas de Educação Física da escola secundária das Laranjeiras e treinos de clubes de atletismo da ilha.
No início da semana, o Santa Clara emitiu um comunicado a criticar as declarações do diretor do Desporto do Governo dos Açores, que em entrevista ao jornal Correio dos Açores explicou que os sub-23 não recebem apoios às deslocações porque não tiveram mérito desportivo no acesso à competição.
“Para aqui chegar, é preciso algum mérito. E o que para o Santa Clara é um orgulho – falamos de um projeto ímpar nos Açores -, aparentemente para Luís Carlos Couto carece de mérito desportivo”, condenou o clube açoriano.
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