O regresso ao conforto do campeonato não podia ter corrido melhor ao Sporting, depois da desilusão sentida com a derrota (2-0) com o Wolfsburgo na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa. De facto, o Gil Vicente até queria cantar de galo em Alvalade, mas os leões baixaram a crista à equipa de José Mota e triunfaram por 2-0.
A partida desta tarde, que contou com uma excelente moldura humana de 42098 espectadores, começou sob o signo das novidades. Miguel Lopes, André Martins, Tanaka e Carlos Mané saltavam para o onze, refrescando a equipa entre os dois embates com os alemães. As mudanças não trouxeram um ímpeto renovado, já que o Sporting até não entrou tão forte como em jogos anteriores, permitindo uma abordagem atrevida ao Gil Vicente.
Com efeito, a formação de José Mota, que vinha a atravessar o seu melhor período no campeonato, entrou desinibida e mostrou desde cedo que queria fazer uma surpresa. Porém, o ‘timing’ para esse desejo esgotou-se rapidamente com a consolidação do domínio dos leões.
Fruto da dinâmica elevada e de rápidas trocas de posições na frente, o Sporting conseguiu empurrar o adversário para a sua área. Ainda assim, a eficácia seria guardada para o segundo tempo, como se viu pelo desperdício de Carlos Mané e João Mário, que no espaço de dois minutos falharam outros tantos golos.
Com a segunda parte chegaram os golos. As palavras de Marco Silva no balneário traziam o segredo da pontaria e Tanaka foi o primeiro a mostrar que aprendera o discurso. Aos 52’, o avançado japonês que hoje ocupou o lugar de Montero confirmou o estatuto não assumido de ‘talismã’ e quebrou o nó gilista que resistira até ao intervalo. O jogador nipónico apenas teve de encostar para o golo na pequena área, na sequência de um desvio de cabeça de Nani após canto de Jefferson.
A ganhar, o leão crescia agora ainda mais no encontro. A baliza de Adriano Facchini tornou-se então um autêntico alvo. Foi já com novos atiradores em campo, como Carrillo e Gauld, que chegou o 2-0, mercê de uma obra prima de Nani. O internacional português confirmou a vantagem – e a vitória – leonina aos 69’, com um magnífico pontapé a 30 metros da baliza do Gil Vicente. Um momento sublime e o um forte candidato a golo da jornada em Alvalade.
A partir daí, instalou-se a certeza entre os adeptos sportinguistas de que a vitória já não escaparia. O pensamento não foi desmentido no relvado, já que o Gil Vicente se mostrava agora incapaz de ameaçar a baliza de Rui Patrício e o que esteve mais perto de acontecer foi mesmo o terceiro golo. Porém, esse já não chegou a tempo deste encontro.
O apito final surgiu pouco depois e este triunfo deixou o Sporting provisoriamente a dois pontos do FC Porto, que joga apenas esta segunda-feira com o Boavista. E daqui a uma semana há clássico entre os dois rivais…
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