O presidente do Benfica considerou hoje que o modelo de governação da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) "tem de ser melhorado", mas não defendeu a saída imediata de Pedro Proença da liderança do organismo.
"O modelo tem de ser melhorado e aprovado. É importante para a LPFP esta mudança, para uma visão mais empresarial. O modelo que existe [atualmente] foi criado há muito tempo, tendo os três ‘grandes’ como impulsionadores da máquina", disse Luís Filipe Vieira, à saída da Assembleia-Geral da LPFP, que decorreu no Porto.
O líder dos ‘encarnados’ reconheceu ter uma divergência com Pedro Proença, mas garantiu que na reunião magna de hoje "não houve nenhum ataque" ao presidente da LPFP, evitando falar de sucessores na liderança do organismo.
"Toda a gente sabe qual a divergência que o Benfica poderá ter com Proença: uma carta que foi escrita ao Presidente da República, na qual Pedro Proença falou em nome do Benfica, sobre jogos em canal aberto. Isso é algo impensável para qualquer clube, hoje são os operadores que dão o ‘sangue' aos clubes. Mas não houve ataque ao presidente da LPFP. Se o novo modelo de governação para a LPFP que hoje discutimos for aprovado, terá de haver eleições e aí vão surgir candidatos", disse Luís Filipe Vieira.
O presidente do Benfica acrescentou que essa divergência com Proença "não é pela qualidade da sua gestão, mas sim pela forma como gere a vontade de todos os presidentes da LPFP".
"Se houver eleições, tenho a certeza de que haverá mais candidatos e aí o Benfica dirá quem vai apoiar. Já duas pessoas me vieram dizer que estavam disponíveis para se se candidatar", partilhou o dirigente dos ‘encarnados'.
Vieira quis ainda esclarecer que o Benfica nunca defendeu a mudança da sede do organismo para a Lisboa, considerando até supérfluo o gasto com a delegação da LPFP na capital.
"Nem entendo, sequer, porque existe uma delegação da LPFP em Lisboa. Nem a Federação [Portuguesa de Futebol] tem delegação no Porto, é um custo desnecessário. A LPFP deve ficar no Porto e no edifício onde está, até por homenagem às pessoas que a fizeram, nomeadamente, o major Valentim Loureiro", esclareceu Luís Filipe Vieira.
O presidente do Benfica teceu estas considerações no final Assembleia-Geral da LPFP que validou a possibilidade de serem feitas cinco substituições na I Liga e também a promoção de Nacional e Farense ao principal escalão.
Na reunião foi também decidido criar de um grupo de trabalho para avaliar a implementação de um novo modelo de governação para a LPFP, que caso seja aprovado vai implicar a realização de eleições para organismo.
A atual direção da LPFP conta com representantes de FC Porto, Sporting, Tondela, Gil Vicente, Mafra e Leixões, depois da saída de Benfica e Cova da Piedade.
*Artigo atualizado às 21h27
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