Nessa temporada, os primeiros a ‘cair’ foram Manuel Fernandes (Santa Clara) e Jesualdo Ferreira (Benfica), que saíram depois de 11 jornadas, sendo substituídos pelo brasileiro Carlos Alberto Silva e o espanhol José Antonio Camacho, respetivamente.

Depois disso, nenhuma edição do campeonato português atingiu a nona jornada sem ‘chicotadas’, algo que poderá agora repetir-se, caso nenhum presidente resolva aproveitar esta paragem de dois fins de semana – primeiro para seleções e depois para a Taça de Portugal – para operar mudanças.

Há três épocas, em 2018/19, o elenco manteve-se após oito jornadas, mas, antes de arrancar a nona, José Peseiro foi afastado do comando técnico do Sporting.

Na oitava jornada, os ‘leões’ até ganharam, por 3-0, na receção ao Boavista, com dois golos de Nani e um de Bruno Fernandes, colocando-se no quinto posto, a dois pontos de FC Porto e Sporting de Braga e um de Benfica e Rio Ave.

Mas, três dias volvidos, em 31 de outubro de 2018, o Sporting perdeu por 2-1 na receção ao Estoril Praia, então na II Liga, em encontro da fase de grupos da Taça da Liga, e o presidente Frederico Varandas trocou Peseiro pelo holandês Marcel Keizer.

Nas últimas 18 temporadas, só numa outra edição é que não ‘tombaram’ treinadores após as primeiras cinco rondas, cenário que se verificou em 2013/14, época em que o primeiro a ser despedido foi José Mota.

Depois de sete jornadas, José Mota foi ‘chicoteado’ do comando técnico do Vitória de Setúbal, que seguia no 14.º e antepenúltimo lugar, sendo substituído por José Couceiro, que viria a terminar o campeonato na sétima posição.

Após essa mudança, seguiram-se logo outras duas após a oitava jornada: o Olhanense trocou Abel Xavier por Paulo Alves e o Paços de Ferreira colocou Henrique Calisto no lugar de Costinha, técnico recentemente despedido do Nacional.

O recorde ‘negativo’ vai para três ‘chicotadas’ logo após a primeira ronda: Manuel Cajuda (Marítimo), em 2004/05, o atual selecionador nacional Fernando Santos (Benfica), em 2007/08, e Manuel Machado (Vitória de Guimarães), em 2011/12.

Nos outros campeonatos realizados depois de 2002/03, saíram treinadores após a segunda jornada em duas ocasiões (2003/04 e 06/07), depois da terceira em três (2008/09, 14/15 e 20/21), após a quarta em quatro (2005/06, 09/10, 10/11 e 19/20) e depois da quinta também em quatro (2012/13 e 15/16 a 17/18).

Há um ano, o estreante Tiago Mendes só ‘aguentou’ três jornadas no Vitória de Guimarães, enquanto Ricardo Soares (Moreirense) e Rui Almeida (Gil Vicente) ‘tombaram’ após a sétima e Lito Vidigal (Marítimo) depois da oitava.

Na presente temporada, os 18 treinadores que começaram continuam, para já, nos respetivos cargos, apesar de dois clubes seguirem sem vitórias, nos lugares de descida direta.

O Belenenses SAD, que Petit comanda desde a ronda 17 da edição 2019/20 da I Liga, soma quatro empates e quatro derrotas, seguindo no 17.º posto, e o Famalicão, com Ivo Vieira desde a jornada 23 da época passada, é último, com três empates e cinco derrotas.

Por seu lado, Vizela (Álvaro Pacheco), Marítimo (Julio Velázquez), Moreirense (João Henriques), Santa Clara (Daniel Ramos) e Arouca (Armando Evangelista) somam todos apenas um triunfo nas primeira oito rondas.

O campeonato já havia começado sob o signo da continuidade entre treinadores, nomeadamente nos primeiros, já que Sporting (Rúben Amorim), FC Porto (Sérgio Conceição), Benfica (Jorge Jesus) e Sporting de Braga (Carlos Carvalhal) mantiveram as opostas nos técnicos que haviam iniciado a época 2020/21.

Os rumores de ‘mexidas’ já começaram, como é habitual após o acumular de resultados insatisfatórios para os presidentes, mas, para já, o ‘plantel’ de hoje dos treinadores é o mesmo do dia em que arrancou a edição 2021/22 da I Liga portuguesa de futebol.