A UEFA pediu ao Sporting que remova ou cubra as imagens colocadas nos acessos ao balneário da equipa visitante do Estádio José Alvalade, em Lisboa, disse hoje fonte do organismo europeu à agência Lusa.
«A UEFA solicitou que o clube remova ou cubra estas imagens em jogos da UEFA», afirmou a mesma fonte, em resposta às perguntas feitas pela Lusa na sexta-feira sobre se os “leões” incorriam em alguma penalização e se algum delegado do organismo, nos quatro jogos europeus já realizados esta época em Alvalade, tinha dado conta destes factos.
Confrontado com esta resposta, a diretora de comunicação do Sporting, Irene Palma, disse à Lusa que «essa informação foi divulgada com base em fotos enviadas por um jornal português» e que «só após a vistoria efetuada hoje pela UEFA é que o organismo poderia ser tomada uma posição sobre o assunto».
Fonte do organismo europeu confirmou à Lusa que esta decisão foi tomada a partir das imagens divulgadas na imprensa, acrescentando que as mesmas eram bastante explícitas.
As imagens foram divulgadas na sexta-feira pelo jornal Público, mostrando cartazes com fotografias de alguns adeptos de cara tapada, tochas nas mãos, com o braço em riste ou com tatuagens com a cruz de ferro, associado a movimentos da extrema-direita.
Na altura, o clube lisboeta considerou que a divulgação de várias imagens nesta zona do estádio, pelo jornal, na véspera do “clássico” entre Sporting e FC Porto, da 14.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, tinha «o claro propósito de incendiar ânimos e provocar polémicas inúteis», enquanto a diretora do jornal Público, Bárbara Reis, justificou a publicação das imagens com o «interesse público».
Contactada pela Lusa, fonte da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse nada ter a acrescentar ao assunto, adiantando que ainda não entrada deu qualquer queixa sobre as mesmas imagens no organismo.
Qualquer decisão sobre este assunto deverá apenas ser tomada após as eleições intercalares da LPFP, que estão marcadas para quinta-feira e vão opor os candidatos à presidência António Laranjo e Mário Figueiredo.
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