O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, afirmou hoje que a única estratégia nacional “é sacar o mais possível” nos impostos, criticando que o clube nunca tenha tido na autarquia “um parceiro para defender as suas posições justas”.

Pinto da Costa esteve presente na 'Grande Conferência JN', de comemoração dos 125 anos do diário nortenho, tendo sido perentório: “No que diz respeito ao Futebol Clube do Porto, penso que a única estratégia nacional que há é ver como é que saca mais algum nos impostos. Não vejo nenhuma estratégia, nem nunca vi nenhuma lei ou decisão para apoiar os clubes”.

O presidente do FC Porto considerou que «a única estratégia que haverá é de acabar com os clubes» é «de sacar o mais possível», exemplificando que o clube, em 2012, pagou 21 milhões de euros de impostos.

Na opinião de Pinto da Costa, «faltou ao FC Porto apoios não materiais, mas apoios morais», dando o exemplo da Câmara do Porto, como «uma voz que nunca existiu» e que existe agora «no final do mandato a protestar contra coisas que se passaram há 12, 11, a 10 anos, e contra ao que nunca reagiram».

O presidente “azul e branco” afirmou que «o FC Porto nunca teve na autarquia um parceiro para defender as suas posições justas».

«A estratégia que temos de compreender é a estratégia de tentar, para que não desça o PIB e para que o senhor ministro das Finanças esteja mais satisfeito, o Benfica tem que ganhar. Agora, como o Kelvin é brasileiro, não percebeu o interesse nacional», disse ainda.

Pinto da Costa considerou, por isso, que não se deve «fugir ao facto de a câmara municipal ignorar o FC Porto».

«Mas eu partir de hoje fiquei mais satisfeito porque tenho um parceiro, tenho o JN como parceiro desse esquecimento e dessa abstenção da câmara municipal perante o JN», disse, criticando a ausência de um representante da autarquia portuense durante a conferência que decorreu durante todo dia na Alfândega do Porto.

O presidente do FC Porto lamentou que «assim aconteça», mas disse ficar «mais aliviado por saber que as escolhas do esquecimento da câmara são viradas para quem de facto representa a cidade».