André Villas-Boas mudou-se do Porto para Londres, Domingos Paciência de Braga para Lisboa. Viagens com durações distintas, na ida, mas com permanência idêntica.
O primeiro foi ‘num repente’, o segundo era o trunfo ‘meio secreto’ de Godinho Lopes para vencer as eleições do Sporting, há quase um ano. Villas-Boas e Domingos tiveram uma época de glória em 2011: levaram FC Porto e Sporting de Braga a uma final da Liga Europa,inédita entre equipas lusas, com os portistas a serem mais felizes ao arrecadarem o caneco. Mas isso não invalidou o trabalho de Domingos no SC Braga, por duas épocas, colocando os arsenalistas na Europa do futebol.
Os bons resultados trouxeram uma distinção. Na lista de melhores treinadores mundiais de 2011, ambos figuraram. AVB em quarto e Domingos em nono, num ranking liderado por Guardiola, seguido de perto por Mourinho.
O ‘apelo’ por voos mais altos fez com que Villas-Boas e Domingos mostrassem os seus dotes noutras paragens, com novos desafios em equipas com jejum de troféus. Correu mal. Muito mal e agora os dois treinadores lusos, outrora entre os melhores do mundo, estão inativos. Chelsea e Sporting dispensaram os seus serviços depois de derrotas que deixaram adeptos e direções ‘de cabelos em pé’. E curiosamente, saíram deixando as duas equipas no mesmo lugar: Domingos saiu com o Sporting em quinto lugar e a 16 pontos do líder, 265 dias depois de ter sido apresentado numa sala de conferências em euforia, Villas-Boas deixou o Chelsea a 20, 249 dias depois de ter trocado a «cadeira de sonho» pelo banco de suplentes em Stamford Bridge.
As cenas dos próximos capítulos ditarão que desafio se segue para os dois homens que já brilharam na Europa.
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