Vale e Azevedo, condenado hoje a 10 anos prisão por apropriação de verbas do Benfica e outros crimes, vai recorrer da decisão para a Relação de Lisboa e para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
A advogada do antigo presidente do Benfica, Luísa Cruz, disse, à saída do tribunal, que «vai pôr em causa» a decisão do coletivo da 3.ª Vara Criminal de Lisboa, pela prática dos crimes de peculato, branqueamento de capitais, falsificação de documento e abuso de confiança.
O coletivo de juízes da 3.ª Vara Criminal de Lisboa considerou que Vale e Azevedo, presidente do Benfica de finais de 1997 a 2000, teve uma conduta ilícita e beneficiou da falta de «controlo e vigilância» para «apropriar-se ilegitimamente de verbas para seu proveito próprio».
O tribunal sublinhou que o arguido agiu «com dolo» e referiu que toda a prova documental ficou provada nas audiências de julgamento.
Vale e Azevedo, que não assistiu à leitura do acórdão, já está a cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional da Carregueira (Sintra), ao abrigo do processo de extradição para Portugal pelo cúmulo jurídico de 11 anos e meio no âmbito dos processos Ovchinnikov/Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria.