No editorial da edição desta semana do Jornal Sporting, Frederico Varandas voltou a abordar a questão do voto eletrónico à distância, uma proposta que foi colocada na ordem dos trabalhos na última Assembleia Geral leonina e que, porém, não teve o número de votos suficientes (75%) para ser aprovada pelos associados.
"No dia que houver voto eletrónico à distância o poder fica realmente disperso e descentralizado por todos os Sócios do Sporting CP, e nunca mais por grupos minoritários. Este é que é o verdadeiro cerne da questão do voto eletrónico. O poder que uma minoria não quer perder para continuar a condicionar uma maioria", sublinha o presidente do Sporting.
"Queremos que uma minoria de 600, 800 Sócios continue a decidir por mais de 100 000 Sócios com poder de voto? No dia em que o voto seja Universal, nunca mais um grupo qualquer consegue controlar ou condicionar uma Assembleia", questiona.
"Aceitaremos sempre os resultados, sejam eles quais forem, mas decidamos todos. Desde 2017 que as que eleições nesse ano, em 2018 e 2022 foram realizadas com voto eletrónico, sendo o processo de contagem de votos 100% digital e auditado por uma empresa externa ao clube. A possibilidade de voto eletrónico à distância é a única que permite efetivamente darmos mais um passo à frente, fundamental para que o voto seja Universal. Os 70% que votaram a favor não foram suficientes para cumprir a maioria de 75% exigida pelos estatutos", vincou Frederico Varandas.
Por fim, o dirigente adianta que o tema voltará a ser discutido no futuro: "Haverá novo dia, mas de pouco valerá se os sócios abdicarem de exercer o seu principal direito: participar, decidir… votar."
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