O Benfica está à distância de uma vitória de celebrar o 38.º título de campeão, que poderá suceder no dérbi 'eterno' de domingo, no reduto do rival Sporting, na 33.ª e penúltima jornada da I Liga de futebol.
A duas rondas do final, e quando tem quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto, segundo classificado, o líder prepara-se para novo duelo de difícil previsão, pouco tempo depois de ter superado a oposição do Sporting de Braga (1-0), que se vinha perfilando como outro dos candidatos ao título.
Ainda que até possam confirmar a conquista do título na véspera, sentadas no ‘sofá’, caso o FC Porto perca em Famalicão, as ‘águias’ entram na penúltima ronda apenas com uma certeza: um triunfo sobre o eterno rival, no Estádio José Alvalade, evitará contas na derradeira jornada e garantirá automaticamente a conquista do troféu.
Se as ‘águias’, que lideram isoladas o campeonato desde a quarta jornada, têm quatro pontos à maior sobre o FC Porto, o Sporting, quarto colocado, tem a mesma desvantagem para o Sporting de Braga, terceiro, pelo que um eventual triunfo dos minhotos no sábado, em casa do Boavista, acabará com as dúvidas relativamente ao último lugar do pódio.
Perante um adversário que ainda alimenta esperanças, ainda que ténues, de garantir uma posição de acesso à terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, a formação comandada por Roger Schmidt tentará repetir o que o clube da Luz alcançou uma vez na história, ou seja festejar na casa ‘leonina’, situação que só sucedeu em 1974/75, graças a um empate 1-1, também, tal como agora, na penúltima jornada.
Por seu lado, os ‘leões’ procurarão impedir que isso aconteça e adiar qualquer tipo de festejos do rival em Alvalade, algo que o próprio Benfica conseguiu por duas vezes, no início deste século, mas num contexto inverso, ou seja foi ao reduto ‘leonino’ adiar as celebrações dos ‘verdes e brancos’, a primeira pelo pé esquerdo do egípcio Sabry (1-0, em 2000) e a segunda pela cabeça do lituano Edgaras Jankauskas (1-1, em 2002).
Na última década, os ‘encarnados’ apenas por uma vez perderam em Alvalade para o campeonato, há dois anos, com um golo de Matheus Nunes aos 90+3 minutos (1-0), tendo somado ainda quatro empates e cinco vitórias, a última na temporada passada, com tentos de Darwin Núñez e Gil Dias (2-0).
O 316.º dérbi, que fecha a penúltima ronda do campeonato, marcará o regresso do capitão benfiquista Nico Otamendi, que falhou a goleada em Portimão (5-1), por castigo, entrando provavelmente para o lugar de Morato, num ‘onze’ que não deverá ser muito diferente daquele que arrancou a partida em Portimão.
Com todos os jogadores disponíveis (Draxler já é ausência de longa data), Schmidt, que apenas conta com um título de campeão na carreira, ao serviço dos austríacos do Salzburgo (2013/14), deverá manter a confiança em Grimaldo, apesar de o espanhol ter sido anunciado esta semana como reforço do Bayer Leverkusen, sendo que a única interrogação será a titularidade de Chiquinho ou de Florentino no meio-campo, já que o jovem João Neves parece intocável nesta fase da temporada.
Desta forma, o Benfica poderá entrar de início no reduto ‘leonino’ com Vlachodimos, Aursnes, António Silva, Otamendi, Grimaldo, Florentino, João Neves, João Mário, Neres, Rafa e Gonçalo Ramos.
Do lado sportinguista, é presumível que Rúben Amorim opere os regressos de Gonçalo Inácio, Morita e Nuno Santos, que começaram no banco de suplentes no encontro com o Marítimo (2-1), mas tem o avançado Chermiti ainda em dúvida e dificilmente contará com Adán, a não ser que a ‘estratégia’ utilizada no passado com Palhinha e Paulinho resulte numa suspensão do castigo aplicado ao guarda-redes, expulso com os insulares.
Perante este cenário, os ‘verdes e brancos’ deverão arrancar o jogo com Franco Israel, Diomandé, Coates, Gonçalo Inácio, Bellerín, Ugarte, Morita, Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Edwards e Paulinho.
Sporting e Benfica jogam no domingo, a partir das 20:30, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, sob arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.
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