Luís Filipe Vieira, que discursou antes do jantar com deputados da Assembleia da República afectos ao Benfica, no estádio da Luz, sublinhou que o "clube voltou a ter futuro, recuperou a sua história e cresce todos os dias" e deu "a certeza" de que se está "a trabalhar" para que a equipa volte a ter sucesso.
"Sabemos onde estamos e para onde queremos ir. Sabemos o que devemos fazer e aquilo que devemos evitar", afirmou Vieira, perante cerca de 40 deputados de todos os grupos parlamentares.
Vieira declarou que o futebol deve ser como a política, norteado "por princípios" e "assumida com verdade".
"Quer na política como no futebol, a desonestidade não deve caber. É de pessoas íntegras que se deve construir a política e o futebol. Esse é o meu desejo", acrescentou, notando que existe optimismo no Benfica e que "o desejo vai continuar a coincidir com a realidade".
O dirigente declarou que se vivem "tempos em que a única certeza parece ser a da mudança".
"Tempos de oportunidades, mas também de perigos, porque há novos riscos e ameaças", acrescentou, notando que o Benfica assumiu ser "um clube aberto, seguro, confiante no futuro", ao invés de uma atitude "deprimida, fechada e derrotada".
O presidente do Benfica observou que, se na política houve "maus exemplos", no futebol também, mas frisou que "não é por isso que deixa de haver gente séria e trabalhadora".
"Tal como a política, o futebol deve ser uma ponte que ajude a transmitir valores à sociedade" e que "deve ser posto ao serviço de algumas causas", dando dois exemplos de como "a política e o futebol podem colaborar sem qualquer tipo de promiscuidade".
Levar a Benfica TV a Timor foi um dos exemplos apontados, "na defesa e promoção da língua portuguesa" e uma forma de tornar "o futebol num instrumento político de enorme potencial".
Outro exemplo dado por Luís Filipe Vieira foi o da Fundação Benfica, com o presidente do clube a aludir ao projecto na Amadora, junto de crianças e jovens em risco, "numa política de integração e ajuda aos mais carenciados que o Benfica promove sem nada pedir e sem nada esperar do poder político".
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