“Tenho resistido ao ambiente de alguma euforia que se gerou à volta da nossa equipa de futebol profissional”, declarou Luís Filipe Vieira, durante o almoço que se seguiu à inauguração da renovada Casa do Benfica das Caldas de S. Jorge, em Santa Maria da Feira.

“Vamos festejar quando tivermos que festejar, mas ainda não chegou esse momento. O tempo agora é ainda de trabalho e de respeito pelos nossos adversários, porque, ao contrário de outros, que pensam que o respeito pelo adversário é sinal de fraqueza, para nós é o melhor sinal da nossa grandeza e da nossa seriedade”, sublinhou o dirigente.

No fim-de-semana em que tudo pode ficar decidido nas contas do título, já que o Benfica está a quatro pontos do título e pode conquistar três já hoje no jogo com o Olhanense, Luís Filipe Vieira não fez qualquer prognóstico quanto à jornada, nem mencionou expectativas quanto ao resultado do Braga frente à Naval.

Adiantou, contudo, que, “a confirmar-se – como todos esperam – a conquista do título deste ano [pelo Benfica], uma parte desse êxito fica para sempre ligada à dedicação e ao apoio” dos sócios do clube.

“Este clube não pertence a nenhuma família, a nenhum iluminado, nem a nenhum grupo económico. Todos conhecem as dificuldades que tivemos que superar e, se isso foi possível, foi porque os sócios assumiram a responsabilidade de trazer o clube até aqui”, frisou.

O presidente dos "encarnados" acrescentou:

“O Benfica da última década sofreu transformações aceleradas e conseguimos recuperar a nossa credibilidade, o nosso património e a nossa auto-estima. Para que tudo isso fosse possível, as casas do Benfica também tiveram uma importância decisiva”.

Afirmando que sempre encarou essas estruturas como uma das prioridades da estratégia de crescimento do clube, Luís Filipe Vieira realçou que “é da soma de muitas casas do Benfica espalhadas pelo país”, que se consegue “manter a chama e a dinâmica de um clube que é nacional e se afirma com símbolo de Portugal em todo o Mundo”.