Villas-Boas, que falava no final do treino dos “dragões”, no Olival, pretende que a equipa “não se deixe acalmar pelos elogios” recebidos após a conquista da Supertaça “em que passou de besta a bestial”.
“É importante manter o grupo unido e concentrado, senão passamos rapidamente de bestial a besta outra vez”, referiu o treinador, apostado, frente à Naval, a “continuar melhorar o que há a melhorar”.
O treinador portista espera um adversário que mudou o seu estilo de jogo em relação à última época, muito por culpa do novo treinador (Victor Zvunka), que “parece privilegiar a posse e o toque de bola”.
“Esperamos um desafio a disputar em ritmo alto e temos de o encarar de forma competitiva de modo a chegarmos a um resultado positivo do qual nos possamos orgulhar no final”, referiu André Villas-Boas.
O treinador pretende dar continuidade ao bom jogo realizado na Supertaça, frente ao Benfica (2-0), e “transmitir uma imagem forte, que trará confiança e permitira consolidar o primeiro lugar o mais rapidamente possível”.
André Villas-Boas, em jeito de antevisão da Liga, considera que, para além dos três “grandes”, também o Sporting de Braga, “até pelo que já fez na Champions”, integra o lote de candidatos ao título.
“Não deixa de ser um sonho escondido para eles (Sporting de Braga), fazer frente aos três grandes. E obrigar os grandes a manter os olhos no Braga para que não se deixem ultrapassar como no ano passado”, explicou.
Em relação ao plantel para a presente temporada, André Villas-Boas defendeu que, até 31 de Agosto, irá estabilizar as entradas e saídas e até lá irá aproveitar para observar alguns jovens e tirar dúvidas.
“O FC Porto falha a Champions pela primeira vez há uma série de anos e não nos podemos permitir a uma série de luxos. Temos de escolher (jogadores) pela certa, pelo valor real, sem cometer loucuras e procurar os que se adequam”, disse.
Villas-Boas rebateu as críticas resultantes do fraco rendimento da equipa no Torneio de Paris, defendendo que mais importante do que uma pré-época com muitas vitórias e golos é entrar na nova época a vencer, como o FC Porto fez na Supertaça.
“Não posso pactuar com a exacerbação total de aspectos que nada interessam e não fazem sentido. A resposta foi dada na Supertaça”, acrescentou Villas-Boas, considerando exageradas as ilações tiradas em torno da prestação da equipa no torneio.
Ainda de acordo com o treinador, “cai-se facilmente no erro de criticar e levantar problemas. O que será mais importante para o Benfica, uma pré-época com 25 golos ou ganhar um troféu”, questionou ainda.
Comentários