A transferência de André Villas-Boas para o Chelsea será a mais cara de sempre no que diz respeito à contratação de treinadores de futebol, ultrapassando os dois movimentos "milionários" anteriores, com outro português como protagonista: José Mourinho.

Os 15 milhões de euros que o Chelsea se preparara para "desembolsar" de modo a contar com o treinador portista no comando dos "blues" são a maior verba de sempre envolvendo técnicos de futebol.

A confirmar-se a decisão do clube administrado pelo russo Roman Abramovich, a verba que o FC Porto obriga a pagar por Villas-Boas ultrapassa os oito milhões de euros que o Real Madrid pagou por José Mourinho ao Inter de Milão, em Junho de 2010.

Os "merengues" conseguiram, na altura, baixar para metade a cláusula de rescisão que protegia o clube italiano do "assalto" ao seu treinador campeão europeu.

Foram o actual treinador dos madridistas e os "dragões" que inauguraram as mediáticas transferências milionárias de treinadores, quando, em Junho de 2004, o mesmo Chelsea investiu cerca de seis milhões de euros para contratar o então técnico portista, que nesse mês havia conquistado o título de campeão europeu em Gelsenkirchen, na Alemanha.

A confirmar-se a transferência, os "dragões" voltam a embolsar verbas consideráveis com treinadores que conquistam títulos europeus: José Mourinho em 2003 e 2004 e André Villas-Boas em 2011, num total de 21 milhões de euros.

Em 2009, o Real Madrid também desembolsou cerca de quatro milhões de euros para contratar o chileno Manuel Pellegrini ao Villarreal.

Internamente, o maior exemplo é a contratação de Jorge Jesus pelo Benfica ao Sporting de Braga, num acordo que terá custado 700 mil euros, conforme na altura foi comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Como factor de curiosidade, sete anos depois, Villas-Boas sai do FC Porto da mesma forma que um dos seus "mestres", José Mourinho, mas por um preço muito maior que aquele que foi este ano considerado o melhor treinador do mundo.