Vinte minutos de grande nível na segunda parte permitiram hoje ao Sporting de Braga virar um resultado negativo e vencer o Olhanense (3-1), para ascender provisoriamente ao segundo lugar da Liga de futebol, a par da Académica.

A equipa da casa foi para o intervalo a perder, graças a um golo de Maurício (40), e, não se podendo dizer que o Olhanense fez muito para estar a vencer no final do primeiro período, o Sporting de Braga pouco mais fez.

Os minhotos até começaram bem o jogo, a encostar o adversário à sua área tendo conquistado três cantos nos primeiros quatro minutos da partida, mas de uma momento para o outro desaceleraram.

O jogo caiu num equilíbrio monótono, disputado muito a meio campo, e o primeiro remate com perigo da partida surgiu apenas aos 27 minutos, por Lima que desferiu uma “bomba” de muito longe, mas que passou muito perto dos ferros da baliza defendida por Moretto.

Pouco depois (30), Madrid também tentou de fora da área obrigando o guarda-redes brasileiro do Olhanense a defender com alguma dificuldade o que se repetiu aos 36 quando, de forma pouco ortodoxa, conseguiu desviar para canto um livre traiçoeiro de Luís Aguiar.

Seria, contudo, o Olhanense a adiantar-se no marcador aos 40 minutos: livre de Paulo Sérgio da esquerda e Maurício a cabecear sem oposição para o fundo das redes.

No reatamento, Vandinho surgiu no lugar de Paulão (saiu lesionado) no eixo da defesa e talvez inspirado pela presença do “capitão” a equipa partiu para 20 minutos avassaladores que lhe garantiu três golos.

Logo aos 50 minutos, empatou, por Mossoró, que rematou de pé esquerdo após passe atrasado de Luís Aguiar na conversão de um livre em jeito de canto curto e, sete minutos depois, consumou a reviravolta, com um grande contributo de Moretto.

Grande passe de Madrid a descobrir na área Lima, o guardião brasileiro, mal colocado, tentou cortar o centro do avançado, mas acabou por introduzir a bola na sua própria baliza.

Completamente transfigurado, o Braga quase voltou a marcar numa espectacular jogada de Elderson e Luís Aguiar, mas Jardel, com uma bota na mão, salvou “in extremis” (60).

Por ter cortado o lance descalço, o árbitro assinalou o respectivo livre indirecto, muito perto da pequena área, e se no segundo golo a receita funcionou, no terceiro também: passe atrasado de Luís Aguiar e remate rasteiro de Lima para o golo.

Até ao final, foi sempre o Braga a estar mais perto do quarto golo do que o Olhanense de reduzir.